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Covid: Brasil tem queda de mortes mais acelerada do que 11 países latinos

Número de casos também aponta para importante retração em relação a outras nações do bloco

Por Mariana Rosário Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO , Alexandre Senechal Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 12 set 2020, 21h31

Em processo de desaceleração após um longo período de platô, o Brasil apesenta uma expressiva queda nos indicadores de mortes por Covid-19 em relação a outros onze países da América Latina. Para se ter uma ideia, a diminuição de mortes na última quinzena, entre 29 de agosto e este sábado, dia 10 de setembro, considerando as médias móveis brasileiras, foi de 19,4%, uma média mais baixa do que apenas outros oito países do bloco.

Países como Bolívia e Cuba, por exemplo, passaram por um aumento de mais de 100% no número de registros fatais no mesmo período (veja o gráfico abaixo). O Equador registrou o pior cenário em toda a América Latina, chegando ao incremento de incríveis 1.490,4% no decorrer dos quinze dias. Os países que apresentam um patamar melhor que o Brasil são: Panamá, Peru, Colômbia, Nicarágua, Guatemala, El Salvador, Honduras e o Uruguai, o primeiro da lista com uma redução de 66,7%.

Em relação aos casos novos, o Brasil também passa por um importante período de redução. Entre 29 de agosto e 12 de setembro, o país reduziu 27% os registros de médias móveis. A Argentina, por exemplo, teve incremento de 22,9% nos casos no mesmo período e Cuba viu seus indicadores subirem 15%. Uruguai (175%), Paraguai (63,3%), República Dominicana (59%), Venezuela (49%) e Costa Rica (30,1%) também apesentaram aumento nos registros de casos.

Os únicos países em uma situação melhor do que o Brasil na última quinzena foram Peru (-27,3%), Guatemala (-33,6%), El Salvador (-44,5%), Honduras (-45,5%) e Equador (170,1%). Panamá, Colômbia e Bolívia também estão em queda, de acordo com os parâmetros estabelecidos pela OMS: só pode se considerar uma mudança de cenário a partir de 15% de variação positiva ou negativa.

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É importante ressaltar o caso equatoriano, que teve os piores números em mortes e os melhores em casos. A confusão se dá pela atualização do dia 7 de setembro. O país registrou um valor negativo de novos casos (-8.261) e outro muito alto em relação aos óbitos (3.800, 19 vezes maior do que o recorde em um único dia em toda a pandemia). Quando dados acumulados, positivos ou negativos, são divulgados em um mesmo dia, a análise de suas médias móveis acabam comprometidas.

Este cálculo de médias móveis leva em consideração os registros totais dos últimos sete dias divididos por sete. Com este raciocínio é possível atenuar as tradicionais subnotificações de casos e mortes em decorrência da Covid-19 que ocorrem aos finais de semana, quando parte das secretarias de saúde do Brasil encontram dificuldade em reportar indicadores epidemiológicos regionais.

Neste sábado, 12, as médias móveis brasileiras foram de 27.526,7 nos casos e 715,3 nas mortes, o que mantém a queda nos dois indicadores. O país teve 33.523 novos casos e 814 novos óbitos nas últimas 24 horas.

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