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Covid-19: regra de 2 metros de distância está desatualizada, diz Oxford

Especialistas afirmam que as regras devem refletir os vários fatores que se combinam para afetar o risco

Por Da redação
Atualizado em 26 ago 2020, 19h36 - Publicado em 26 ago 2020, 17h48
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  • A recomendação para manter a distância mínima de 1 a 2 metros de outras pessoas para reduzir o risco de transmissão do novo coronavírus é ultrapassada. É o que diz uma análise publicada recentemente no periódico científico The BMJ. De acordo com pesquisadores da Universidade de Oxford, no Reino Unido, e do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos, diversos fatores precisam ser considerados na hora de decidir qual distanciamento físico deverá ser implementado.

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    A regra que estipula uma distância física específica, geralmente de 1 ou 2 metros, entre os indivíduos é baseada em experiências com vírus anteriores e evidências desatualizadas, argumentam os cientistas. Na realidade, a transmissão é mais complexa.

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    Estudos recentes sugerem que pequenas gotículas podem viajar mais de 2 metros quando uma pessoa grita ou tosse e se espalhar por até 8 metros. Diante disso, as regras de distanciamento durante a pandemia de Covid-19 precisam considerar diversos fatores que afetam o risco de transmissão, incluindo o tipo de atividade realizada, de ambiente (internos ou externo), o nível de ventilação e o uso de máscara.

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    A carga viral do emissor, a duração da exposição e a suscetibilidade de um indivíduo à infecção também são importantes. “Isso proporcionaria maior proteção em ambientes de maior risco, mas também maior liberdade em ambientes de menor risco, potencialmente permitindo um retorno à normalidade em alguns aspectos da vida social e econômica”, escrevem os autores.

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    Por exemplo, em locais de alto risco, como bares lotados, o distanciamento físico maior do que 2 metros e redução do tempo de permanência devem ser adotados. Por outro lado, deve haver certa flexibilidade em locais de baixo risco, segundo os pesquisadores.

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    Eles alertam que mais trabalhos são necessários para desenvolver indicações específicas, de acordo com o tipo de ambiente e o nível de ocupação. Mas, até lá, o distanciamento físico “deve ser usado em combinação com outras estratégias para reduzir o risco de transmissão, incluindo higienização das mãos, limpeza regular da superfície, equipamento de proteção e máscaras quando apropriado, estratégias de higiene do ar e isolamento dos indivíduos afetados”, escreveram.

    Eficácia dos métodos preventivos

    Outro estudo, publicada no início de junho na revista científica The Lancet, mostrou que a transmissão de vírus foi menor com a adoção de um distanciamento físico de no mínimo 1 metro. A medida que o distanciamento aumentava, o risco diminuía.

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    O uso de máscaras e de proteção para os olhos também desempenha um papel relevante na redução da disseminação do vírus. De acordo com o estudo, as máscaras diminuem o risco de contaminação de 17% para apenas 3%, e a proteção para os olhos reduz de 16% para 6%.

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