“Na realidade, clinicamente não existe mais o vírus na Itália”. A frase é do médico Alberto Zangrillo, chefe do Hospital San Raffaele, em Sangrate, uma província de Milão, um dos locais mais atingidos pela pandemia. O médico afirmou em entrevista ao canal Rai neste domingo 31 que o novo coronavírus perdeu potência e está muito menos letal.
“Os testes realizados nos últimos dez dias mostraram uma carga viral mínima em termos quantitativos em comparação aos realizados nos últimos dois meses”, explicou.
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O governo italiano, no entanto, pediu cautela e afirmou que ainda é cedo para comemorar a vitória. “Há evidências científicas pendentes para apoiar a tese de que o vírus desapareceu”, declarou Sandra Zampa, subsecretária do Ministério da Saúde em comunicado.
Os números de infectados e mortes no país vem caindo desde maio, mas o governo ainda mantém as medidas mais rígidas de isolamento social do continente. A Itália tem o terceiro maior número de óbitos no mundo pela Covid-19 – 33.415 pessoas morreram desde que a pandemia atingiu o país no final de fevereiro – e é o sexto na lista em casos confirmados: 233.019 doentes.