A China divulgou neste domingo, 22, que registrou 46 novos casos de Covid-19, um deles por transmissão local do novocoronavírus, algo que não ocorria no país há três dias. A transmissão ocorreu na região de Guangzhou. Trata-se também da primeira vez que um diagnóstico conhecido da doença na região está ligado a um caso vindo do exterior.
No país, os números de diagnósticos positivos importados estão em alta nos últimos dias e representam a movimentação de chineses retornando de destinos do exterior. O fenômeno já provoca mais medidas para contenção de uma nova onda de casos da infecção.
A partir de segunda-feira, 23, todos os vôos internacionais com destino a Pequim aterrissarão em outro aeroporto, onde os passageiros serão submetidos à triagem do vírus, afirmaram agências do governo. Os passageiros aprovados na análise terão permissão para embarcar no avião e, deste modo, chegar à capital chinesa.
Em Xangai e Guangzhou todos os passageiros internacionais serão submetidos a um teste de RNA para detectar o novo coronavírus, expandindo um protocolo anteriormente usado apenas para países atingidos pela doença.
Hu Xijin, editor-chefe do jornal Global Times, um tabloide local ligado ao Partido Comunista, apelou a todas as cidades da China para implementar quarentenas de 14 dias para as pessoas que chegam do exterior.
Os números mais recentes da Comissão Nacional de Saúde da China elevam o total de casos relatados de coronavírus no país para 81.054, com 3.261 mortes. No sábado 21, a China registrou 41 novos casos de coronavírus no dia anterior, todos importados.
Em janeiro, cerca de 56 milhões de pessoas da província de Hubei, cuja capital é Wuham, foram submetidas a uma quarentena gigantesca, embora as autoridades já tenham começado a reduzir gradualmente as restrições de viagens e circulação.
No entanto, a China agora está preocupada com uma segunda onda de infecções do exterior, levando várias regiões, incluindo Pequim, a forçar quem chega de outros países a ficar em quarentena por 14 dias.