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As invenções da tecnologia que têm revolucionado a prática de correr

De super patins a shorts mecânicos, a corrida tem sido reinventada nos últimos anos

Por Diego Alejandro
Atualizado em 20 abr 2023, 10h55 - Publicado em 18 abr 2023, 17h03

Um dos esportes mais antigos do mundo, a corrida faz sucesso justamente pela simplicidade. Mas, na era da tecnologia, até o ato de andar está sendo reinventado. Para tanto, novos recursos e benefícios são lançados cada vez mais em forma de apetrechos que ajudam a competir em níveis antes inalcançáveis. Confira exemplos:

Carbono nos Pés

Em 2018, o queniano Eliud Kipchoge entrou para a história do esporte ao se tornar o primeiro homem a correr uma distância de 42,195 km em menos de 2 horas, durante uma maratona não oficial, realizada em Viena, na Áustria. Diversas estratégias ajudaram o maratonista bicampeão olímpico a alcançar a marca, entre elas um detalhe tecnológico que, na época, ainda podia ser chamado de novidade: um tênis com placas de carbono, que absorve o impacto da passada e o devolve em forma de energia, impulsionando o movimento da corrida.

Inicialmente, o aparato foi chamado de “doping tecnológico”, mas, hoje, sabe-se que os tênis podem ser usados por quase todos os atletas profissionais. Vários recordes da corrida, em diferentes distâncias, começaram a cair e praticamente todas as marcas passaram a investir no desenvolvimento de produtos com o mesmo equipamento, que promete melhorar a performance na corrida em quase 4%. O preço, claro, também ganhou um acréscimo: grande parte custa mais de R$ 1.500. Mas vle o aviso: o tênis não traz benefícios para corredores mais lentos (ou seja, para quem pratica o esporte por motivos de saúde e recreação).

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Shorts Mecânico

Outra indumentária que dá uma “forcinha” na hora de realizar atividades físicas é a proposta de um “short robótico” desenvolvido por pesquisadores das Universidades de Harvard e Nebraska, nos Estados Unidos e da Universidade de Chung-Ang, na Coreia do Sul.

Projetado para ajudar os usuários a correr e andar com menos esforço, o protótipo inclui um conjunto de motores e cabos que ajudam a estender o músculo do quadril à medida que o usuário mexe as pernas. Dessa maneira, segundo os criadores, a energia que a pessoa gasta para se locomover é reduzida.

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O sistema também usa um algoritmo que detecta se o usuário está andando ou correndo. Dependendo do movimento, o próprio short altera a força necessária para ajudar na atividade. Nos testes, isso gerou uma redução de 9% no consumo de energia durante a caminhada e de 4% durante a corrida.

Super Patins

Similar aos algoritmos, a inteligência artificial pode ser mais uma aliada à micromobilidade. Criação da Shift Robotics, os Moonwalkers são uma combinação maluca de sandálias e patins, que esconde uma caixa de câmbio, motor personalizado e uma bateria – tudo espremido em um sapato de quase dois quilos.

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A empresa de engenharia arrecadou mais de US$ 320 mil no site de financiamento coletivo Kickstarter para fabricar os “sapatos” inteligentes, que começarão a ser vendidos no início do próximo ano. Xunjie Zhang, autor do protótipo, diz ter tido essa ideia pela primeira vez depois de quase ser atropelado por um carro enquanto dirigia sua scooter na rua. Os Moonwalkers, segundo ele, são feitos para andar na calçada, diminuindo o risco de colisão, já que deslizam a uma velocidade de cerca de 11 quilômetros por hora – para fins de comparação, uma caminhada entre 4,8 e 6,5 km/h.

Útil ao Agradável

Embora todos os instrumentos citados sejam uteis – ou ao menos divertidos – em algum sentido, a tecnologia também chegou para ajudar quem precisa. Um homem cego, por exemplo, completou uma corrida de 5 quilômetros no Central Park de Nova York sem um cão-guia ou ajuda humana esta semana. Como? Por meio de uma inteligência artificial instalada em fones de ouvido conectados a um smartphone. 

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“A coisa mais segura para um cego é ficar parado. Mas eu não fico parado”, disse Thomas Panek, ao completar o percurso. O empreendedor perdeu a visão aos 20 anos devido a uma condição genética e dirige a Guiding Eyes for the Blind (Guiando cegos, em tradução livre), uma escola de cães-guia. Em 2019 ele se tornou a primeira pessoa cega a concluir a Maratona de Nova York, com a ajuda de três cães-guia, mas seu desejo era ir além – e poder voltar a correr sozinho.

Há um ano, ele decidiu encontrar uma maneira de correr sozinho. Recorreu ao Google e trabalhou com a unidade Alphabet Inc para criar um programa de pesquisa, em que a câmera de um smartphone captasse uma ‘guia’ pintada em uma pista de corrida. O resultado é um aplicativo que detecta a posição do corredor e fornece orientação de áudio por meio de um fone de ouvido.

“É um sentimento real, não apenas de liberdade e independência, mas também de ter a sensação de ser como qualquer outra pessoa”, disse Panek, após testar o aplicativo em um evento patrocinado pelo Google e pelo New York Road Runners Club. Vida longa à tecnologia!

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