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Cientistas descobrem novo alvo para tratamento do Alzheimer

Proteína medin é uma das responsáveis por danos em vasos sanguíneos do cérebro e se agrega a conhecido marcador da doença

Por Paula Felix Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 17 nov 2022, 19h18

Uma proteína conhecida há mais de 20 anos, mas que não tinha despertado suspeitas sobre sua relação com doenças demonstrou que pode ser um novo alvo para terapias contra a doença de Alzheimer, condição neurodegenerativa que afeta a memória e retira a autonomia de idosos. Em estudo publicado na Nature, pesquisadores do Centro Alemão para Doenças Neurodegenerativas (DZNE, na sigla em alemão) divulgaram que encontraram uma proteína chamada medin depositada em vasos sanguíneos do cérebro de pessoas com a doença. Ela estava junto de outra proteína, chamada beta-amiloide, um conhecido marcador do Alzheimer.

Os cientistas descobriram que ocorre um processo de coagregação dessas proteínas e que a medin pode ser considerada uma das causas da doença e dos danos nos vasos sanguíneos observados nos pacientes.

“Conseguimos mostrar, por meio de muitos experimentos, que a medin realmente promove a patologia vascular em modelos de Alzheimer”, disse Jonas Neher, que liderou o estudo. “Surpreendentemente, ela interage diretamente com a beta-amiloide e promove sua agregação. Isso era completamente desconhecido”, completa.

O acúmulo de beta-amiloide no tecido cerebral é conhecido por causar danos nas células nervosos e também nos vasos sanguíneos, prejudicando o funcionamento do órgão. O grupo já tinha estudado, há dois anos, a proteína medin, que faz parte das amiloides, e descoberto que ela se acumula nos vasos sanguíneos cerebrais de camundongos idosos, assim como está presente nessas estruturas em quase todas as pessoas com mais de 50 anos. A formação dessas placas de proteína interferem na capacidade de expansão dos vasos, resultando no fluxo mais lento de nutrientes e oxigênio para o cérebro.

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Os pesquisadores constataram que o acúmulo dessa proteína é maior quando há placas de beta-amiloide. Então, utilizaram camundongos modificados geneticamente para evitar os aglomerados de medin. Como resultado, notaram menos depósitos de beta-amiloide e os danos nos vasos sanguíneos foram reduzidos.

Seria o caminho para um novo tratamento.”A medin pode ser um alvo terapêutico para prevenir danos vasculares e declínio cognitivo resultante do acúmulo de amiloide nos vasos sanguíneos do cérebro”, explica. O próximo passo é saber se é possível remover essa proteína e se isso será capaz de melhorar o desempenho cognitivo dos pacientes.

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