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Casos de SRAG caminham em direções opostas no Brasil

Enquanto os estados do Sudeste, Sul e Centro-Oeste apontam para a queda de infecções, o Norte e Nordeste mantém crescimento. Maioria é Covid-19

Por Simone Blanes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 20 jul 2022, 16h32

O número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) caminha em direções opostas entre os estados do norte e sul do país. Enquanto os do Sudeste, Sul e Centro-Oeste apontam para interrupção do crescimento do número de casos, o Norte e Nordeste têm manutenção do crescimento iniciado em junho. É o que mostra o novo boletim Infogripe da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), divulgado nesta quarta-feira, 20.

Segundo os dados do boletim, referente à semana epidemiológica (SE) 28, que compreende os dias de 10 a 16 de julho, apesar da desaceleração no ritmo de crescimento no número de novos casos semanais e possível formação de platô em diversos estados do centro-sul, o cenário ainda é instável e exige cautela. O Paraná e o Rio Grande do Sul, por exemplo, mostram tendência de retomada do crescimento em crianças pequenas (0 a 4 e 5 a 11 anos), contrastando com o sinal de platô em adultos. Já o Distrito Federal, Goiás, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo apresentam indícios de terem começado o processo de queda no número de casos de SRAG.

No entanto, a maior parte dos estados das regiões Norte e Nordeste aponta para sinais de manutenção de crescimento em ritmo elevado. “Isso pode estar associado ao fato de que a metade sul iniciou o processo de crescimento mais cedo, ainda em abril, enquanto na metade norte esse processo se inicia com maior clareza a partir de final de maio e início de junho”, explica Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe, que tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até 18 de julho.

Casos e óbitos por faixa etária

O levantamento indica que, no grupo de 0 a 4 anos, o volume de casos associados à Covid-19 se mantém acima daquele observado para o vírus sincicial respiratório (VSR) nas últimas quatro semanas. Na população adulta, os casos de SRAG também continuam sendo dominados pelo Sars-CoV-2. Embora não se destaque no dado nacional, o vírus influenza A (gripe) H3N2 mantém presença em diversas faixas etárias no estado do Rio Grande do Sul.

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Estados e capitais

A pesquisa mostra ainda que dezoito das 27 unidades federativas brasileiras apresentam sinal de crescimento na tendência de longo prazo até a semana 28: Alagoas, Amazonas, Amapá, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Piauí, Rondônia, Roraima, Sergipe e Tocantins. Os demais estados e o Distrito Federal apresentam estabilidade ou queda. Observa-se também que 13 das 27 capitais apresentam sinal de crescimento: Aracaju (SE), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Macapá (AP), Maceió (AL), Manaus (AM), Palmas (TO), Porto Velho (RO), Salvador (BA), São Luís (MA), Teresina (PI) e Vitória (ES).

Referente ao ano de 2022, já foram notificados 197.788 casos de SRAG, sendo 97.969 (49,5%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 75.117 (38,0%) negativos, e ao menos 14.828 (7,5%) aguardando resultado laboratorial. Dentre os casos positivos do ano corrente, 4,6% são de influenza A, 0,1% de influenza B, 9,0% de vírus sincicial respiratório (VSR) e 79,5% de Sars-CoV-2.

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