Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Cannabis medicinal ganha primeira plataforma digital da América Latina

Segundo seus criadores, o objetivo é facilitar a troca de informações entre pacientes, médicos, cientistas e empresas sobre benefícios terapêuticos

Por Simone Blanes
18 set 2021, 14h00

Muita gente, inclusive da comunidade médica, ainda não tem conhecimento sobre os benefícios que a cannabis medicinal pode ter em tratamentos de dores crônicas, câncer e até para sintomas pós Covid-19. Um estudo recente realizado no Hospital Universitário do campus de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, por exemplo, apontou que o canabidiol (CBD) – encontrado em pequeno volume no caule e na folha da erva Cannabis, sem efeitos tóxicos ou psicoativos – mostrou-se eficaz no  tratamento da síndrome do burnout, caracterizada por esgotamento físico e mental extremo, em um grupo de médicos e outros profissionais de saúde da linha de frente no combate à Covid-19. Houve redução de fadiga emocional (25%), depressão (50%) e ansiedade (60%) nos voluntários.

Embora ainda exista desconhecimento sobre o tema, o potencial terapêutico da cannabis atrai cada vez mais a curiosidade científica e aguça um mercado em ascensão. Agora, empreendedores do setor médico e investidores resolveram criar a Cannect, healthtech brasileira e primeira plataforma médica personalizada de cannabis na América Latina. A ideia é não só reunir todas as informações sobre o uso medicinal da maconha como conectar pacientes, médicos, instituições de saúde, pesquisadores e fornecedores, estimulando um ambiente para a realização de estudos e desenhos de protocolos clínicos e linhas de cuidado estruturadas. ” Queremos garantir que as pessoas de todas as pontas da cadeia tenham acesso seguro à cannabis medicinal”, diz Allan Paiotti, CEO e cofundador da Cannect.

A partir do acesso a informações científicas e bases de evidência, os criadores da startup esperam fazer crescer o volume atual de prescrições, ainda muito tímidas no país pelo baixo conhecimento técnico e o histórico de preconceito com a cannabis medicinal. “Com a evolução da legislação, vamos evoluir para modelos personalizados de cuidado e acompanhamento de pacientes crônicos”, acredita Paiotti. A plataforma também se propõe a estabelecer trocas de experiências entre comunidades médicas e pacientes baseadas no conhecimento sobre essa planta com uma história de uso terapêutico de mais de três mil anos. No Brasil, há apenas um medicamento à base de cannabis registrado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária e três produtos derivados da planta com autorização sanitária, quase todos importados.


Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.