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Campanha contra gripe começa nesta segunda; veja quem deve se vacinar

Mutirão foi antecipado em virtude da circulação do vírus influenza no país; meta é imunizar 75 milhões de pessoas dos grupos prioritários

Por Paula Felix Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 25 mar 2024, 13h25

A campanha de vacinação contra o vírus influenza, causador da gripe, teve início em todo o país nesta segunda-feira, 25. Neste ano, o Ministério da Saúde resolveu antecipar o mutirão, antes realizado entre abril e maio, por causa da circulação precoce do vírus. As doses serão aplicadas nas regiões Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul. Na região Norte, a imunização ocorrerá no segundo semestre, período com mais episódios de infecções em virtude do “inverno amazônico”.

Neste mês, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) alertou que o Brasil enfrenta a circulação simultânea de quatro vírus responsáveis por infecções respiratórias, o que tem elevado casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em todas as faixas etárias. O levantamento apontou que os episódios estão ligados ao Sars-CoV-2, causador Covid-19, influenza –responsável pela gripe –, vírus sincicial respiratório (VSR) e rinovírus.

Crianças de seis meses a menores de 6 anos, idosos, gestantes, pacientes imunossuprimidos e pessoas com deficiência permanente estão no grupo prioritário (veja lista abaixo). Na população infantil, aqueles que vão receber o imunizante pela primeira vez deverão tomar duas doses com um intervalo de 30 dias entre elas.

“A gripe é uma doença que, na sua forma leve, já é muito desagradável e afasta uma criança de uma creche ou o adulto do seu trabalho por uns dias. Tem um impacto no dia a dia de uma família”, explica Mônica Levi, presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm). “Mas existem grupos com maior risco de ter complicações da gripe, como pessoas a partir dos 60 anos e que vivem com comorbidades. Nesses grupos, a gripe pode causar descompensação da doença de base, pode evoluir para formas graves, necessitando de internação, e ocorrer até o óbito.”

Segundo Mônica, pessoas que convivem com integrantes do grupo de risco também podem se vacinar — há doses disponíveis na rede privada –, mas é fundamental que a população mais vulnerável ao vírus compareça aos postos e participe da campanha antecipada. “Todos os anos no Brasil são registrados mais de 1 mil óbitos por gripe. Então, é importante a adesão à vacinação.”

Os postos de vacinação vão oferecer gratuitamente a vacina trivalente, que protege contra três cepas do vírus que estão em circulação. A meta da pasta é vacinar 75 milhões de pessoas dos grupos prioritários.

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Produtor do imunizante, o Instituto Butantan fez o repasse das primeiras 5 milhões de doses da vacina no fim de fevereiro e as demais 70 milhões estavam com entrega prevista até abril. Para a região Norte, serão disponibilizadas 6,6 milhões de doses em setembro.

A gripe

A infecção pelo vírus influenza pode levar a casos graves ou até matar populações mais vulneráveis, por isso, a campanha destina as doses para grupos prioritários e a aplicação ocorre antes do inverno, quando o número de casos de doenças respiratórias em geral aumenta.

Entre os sintomas da doença, estão: tosse, febre, dor de garganta, dor de cabeça, dores musculares e fadiga. A febre costuma durar cerca de três dias, enquanto os sintomas respiratórios, principalmente a tosse, ficam mais aparentes com o avanço da gripe e perduram por três a cinco dias após o fim do período de febre. Quadros graves envolvem dificuldade para respirar e necessidade de hospitalização.

Composição da vacina

Em outubro do ano passado, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou a composição das vacinas contra a gripe para 2024 com base nas recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS).

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As cepas são atualizadas todos os anos para contemplar as mutações do vírus que circulam com maior frequência.

As vacinas trivalentes, produzidas a partir de ovos de galinha, têm as seguintes cepas:

  • Influenza A/Victoria/4897/2022 (H1N1)pdm09
  • Influenza A/Thailand/8/2022 (H3N2)
  • Influenza B/Austria/1359417/2021 (B/linhagem Victoria)

No caso das vacinas não baseadas em ovos, a cepa do vírus A (H1N1) deve ser um vírus similar ao influenza A/Wisconsin/67/2022 (H1N1)pdm09, a cepa A (H3N2) deve ser um vírus similar ao vírus influenza A/Massachusetts/18/2022 (H3N2) e ter ainda a cepa B.

As vacinas quadrivalentes, oferecidas na rede privada, terão as três cepas obrigatórias e um vírus similar ao influenza B/Phuket/3073/2013 (B/linhagem Yamagata).

Desde o ano passado, as clínicas particulares também passaram a ofertar a nova vacina quadrivalente de alta dose para a população com mais de 60 anos. A Efluelda, da Sanofi, demonstrou em estudos que protege 24% a mais essa população contra a gripe e reduz em 27% os episódios de hospitalização. O imunizante tem quatro vezes mais antígeno do que a vacina em dose padrão, segundo a farmacêutica.

Veja quem deve se vacinar

  • Crianças de 6 meses a menores de 6 anos;
  • Crianças indígenas de 6 meses a menores de 9 anos;
  • Trabalhadores da saúde;
  • Gestantes e puérperas;
  • Professores dos ensinos básico e superior;
  • Povos indígenas;
  • Idosos com 60 anos ou mais;
  • Pessoas em situação de rua;
  • Profissionais das forças de segurança e de salvamento;
  • Profissionais das Forças Armadas;
  • Pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais (independentemente da idade);
  • Pessoas com deficiência permanente;
  • Caminhoneiros;
  • Trabalhadores do transporte rodoviário coletivo (urbano e de longo curso);
  • Trabalhadores portuários;
  • Funcionários do sistema de privação de liberdade;
  • População privada de liberdade, além de adolescentes e jovens sob medidas socioeducativas (entre 12 e 21 anos)
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