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Brasil supera 650 mil casos e 100 mortes por dengue em menos de dois meses

Segundo painel do Ministério da Saúde, 438 óbitos estão em investigação; Belo Horizonte decretou emergência no último sábado, 17

Por Paula Felix Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 18 mar 2024, 10h57 - Publicado em 19 fev 2024, 18h36

O Brasil atingiu 653.656 casos de dengue e 113 mortes pela doença antes de fechar os primeiros dois meses do ano, segundo dados do painel do Ministério da Saúde divulgados na tarde nesta segunda-feira, 19. Outros 438 óbitos estão em investigação em meio a um surto que atinge algumas regiões do país. O ministério prevê que o número de casos de dengue pode chegar a 4,2 milhões em 2024, índice que seria um recorde.

Desde as primeiras semanas do ano, os números da doença causada pelo mosquito Aedes aegypti tem causado preocupação no país e levado estados e municípios brasileiros a implementar medidas como aumento de leitos e tendas para hidratação dos pacientes. Acre, Distrito Federal, Minas Gerais, Goiás e a cidade do Rio de Janeiro fora as primeiras localidades a decretar situação de emergência por epidemia da infecção.

No último sábado, 17, foi a vez de Belo Horizonte que publicou decreto que mantém o status por seis meses. A capital mineira registrou neste ano 3.718 casos de dengue e 259 de chikungunya, também transmitida pelo Aedes.

Desde 2022, a dengue voltou a crescer no país e, no ano passado, foram registrados 1.658.816 casos e 1.094 mortes. Com a intensificação das notificações já em janeiro deste ano, planos de contingência e até um hospital de campanha passaram a fazem parte das medidas adotadas nos locais mais afetados.

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A doença tem colocado o mundo em alerta por estar se alastrando em novas e antigas regiões com a ajuda das mudanças climáticas, que criam condições propícias para a reprodução e proliferação dos mosquitos. Desde o ano passado, a Organização Mundial da Saúde (OMS) elevou o tom ao se debruçar sobre dados e constatar que, em 2022, as taxas de infecção aumentaram oito vezes em relação ao ano 2000.

Em visita ao Brasil no início do mês, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou que “o surto atual faz parte de um grande aumento em escala global da dengue”. Segundo Adhanom, o levantamento da entidade apontou que, no ano passado, foram notificados 5 milhões de casos e 5.000 óbitos relacionados com a infecção em mais de oitenta países.

Vacina contra a dengue

O Distrito Federal e o estado de Goiás foram os primeiros a receber doses da vacina contra a dengue e já iniciaram a imunização. Segundo o ministério, o lote inicial, que conta com 712 mil doses, será encaminhado ainda para Bahia, Acre, Paraíba, Rio Grande do Norte, Mato Grosso do Sul, Amazonas, São Paulo e Maranhão. A distribuição ocorrerá em 315 municípios, o que corresponde a 60% dos 521 municípios selecionados para a realização da campanha.

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Com o envio de novas doses, o cronograma vai contemplar as demais faixas etárias até os 14 anos, grupo prioritário escolhido por ser o mais afetado por episódios que levam à internação.

Em outubro do ano passado, a OMS recomendou a vacinação contra a doença com foco principalmente em crianças e adolescentes de 6 a 16 anos em países endêmicos, caso do Brasil. Por aqui, o imunizante Qdenga, da farmacêutica japonesa Takeda, foi liberado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) meses antes, em março.

O Ministério da Saúde seguiu a recomendação da entidade e vai ofertar o imunizante para essa faixa etária. Com a medida, o Brasil se tornou o primeiro país a incluir a vacina no sistema público de saúde.

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O país recebeu cerca de 750.000 doses, parte da primeira remessa com 1,32 milhão de doses adquiridas pelo governo brasileiro. Também está prevista a entrega de 568.000 doses ainda neste mês. Neste ano, está prevista a chegada escalonada de mais 5,2 milhões de doses. Para 2025, foram adquiridas 9 milhões de doses.

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