Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Antidepressivo pode mudar estrutura do cérebro, diz estudo

Exame revelou que, após três horas de ingestão de escitalopram, as conexões entre as células cerebrais diminuíram

Por Da Redação
19 set 2014, 20h07
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Uma única dose do antidepressivo escitalopram (também conhecido pelo comercial de Lexapro) pode mudar a estrutura do cérebro. A mudança nas conexões cerebrais ocorre depois três horas da ingestão do medicamento. Essa é a conclusão de um estudo publicado na quinta-feira no periódico Current Biology.

    Publicidade

    CONHEÇA A PESQUISA

    Publicidade

    Título original: Serotonergic Modulation of Intrinsic Functional Connectivity​

    Onde foi divulgada: Current Biology.

    Publicidade

    Quem fez: Alexander Schaefer, Inga Burmann, Ralf Regenthal, Katrin Arélin, Claudia Barth, André Pampel, Arno Villringer, Daniel S. Margulies e Julia Sacher

    Publicidade
    Continua após a publicidade

    Instituição: Instituto Max Planck para Cognição Humana e Ciências do Cérebro, na Alemanha.

    Resultado: Ressonância magnética revelou que consumo do antidepressivo escitalopram diminuiu a conexão entre as células cerebrais de voluntários.

    Publicidade

    O escitalopram é de uma classe de medicamentos chamada de inibidores seletivos de receptação (SSRI, na sigla em inglês). Esse tipo de remédio ajusta a disponibilidade da serotonina, neurotransmissor que regula o humor, no corpo. Ele diminui a sua reabsorção pelo organismo.

    O estudo observou 22 pessoas saudáveis, das quais uma parte tomou o medicamento e outra não. Cada grupo foi submetido a três ressonâncias magnéticas em dias distintos: uma sem que os participantes ingerissem qualquer substância; a segunda três horas depois da ingestão de uma dose de Lexapro (para os voluntários que tomaram o remédio) e a última três horas depois de uma dose de placebo. Os cientistas, então, compararam as conexões cerebrais entre os voluntários em todas as fases da pesquisa.

    Publicidade

    Leia também:

    Cientistas criam exame de sangue para diagnosticar depressão

    Mapa global indica: depressão é problema de saúde pública

    Conexão cerebral – Os exames revelaram que diminuiu a conectividade entre as células cerebrais das pessoas que tomaram escitalopram. Além disso, as regiões do cérebro se tornaram mais interdependentes. Essa característica foi notada, principalmente, no cerebelo, que coordena o movimento voluntário, e no tálamo, responsável pela parte sensorial.

    “Nós não esperávamos que esse medicamento tivesse um efeito tão eminente em um prazo tão curto e que o efeito afetaria todo o cérebro”, diz Julia Sacher, do Instituto Max Planck para Cognição Humana e Ciências do Cérebro, na Alemanha.

    Os cientistas dizem que os resultados são os primeiros passos para estudos clínicos que analisam pacientes que sofrem de depressão. “Entender a reação de cada cérebro pode ajudar a prever de forma eficiente quem vai se beneficiar deste tipo de antidepressivo, ou não”, explica Julia.

    Continua após a publicidade
    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.