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Alimentos ‘diet’ podem engordar mais que as versões originais

Produtos pouco calóricos, mas com quantidade de adoçante elevada, podem confundir o cérebro – aumentando o ganho de peso e o risco de diabetes

Por Da Redação
11 ago 2017, 17h22

Ao contrário do que se acredita, bebidas e alimentos diet podem promover o ganho de peso e servir de gatilho para o diabetes. De acordo com um estudo publicado recentemente no periódico científico Current Biology, quando os produtos são doces demais para as calorias que contêm, eles podem confundir o cérebro e desacelerar o metabolismo.

Pesquisadores da da Escola de Medicina da Universidade Yale, nos Estados Unidos, descobriram que, ao ingerir um alimento adoçado artificialmente no qual a doçura continua igual a da versão original, mas com uma quantidade de calorias bem menor, o metabolismo desacelera e não registra a dose ingerida.

Cérebro confuso

Ao longo da nossa evolução, o cérebro aprendeu que doçura sinaliza energia. Portanto, quanto mais doce, maior energia ou calorias um alimento fornece. Quando esses dois fatores não estão juntos, o cérebro fica confuso, achando que tem menos calorias para queimar do que o que foi ingerido de fato.

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“Uma caloria não é uma caloria. Ela é apenas metade da equação. Nossos corpos evoluíram para usar eficientemente as fontes de energia disponíveis na natureza. A dieta moderna, entretanto, é caracterizada por fontes de energia que nossos corpos nunca viram antes.”, disse Dana Small, professora de psiquiatria da instituição e principal autora do estudo.

Cérebro e metabolismo

No estudo, os pesquisadores analisaram, por meio de imagens de ressonância magnética, o cérebro de 15 participantes enquanto tomavam bebidas diet e a versão normal. Também foi monitorada a quantidade de energia gasta pelo corpo após esses eventos.

Os resultados mostraram que há um ‘desencontro’ entre doçura e quantidade de calorias, o que geralmente acontece em bebidas e alimentos diet, as calorias falham ao desencadear o metabolismo do corpo. Observou-se também que os circuitos de recompensa do cérebro não registraram o consumo de calorias, o que poderia levar a pessoa a comer mais do que o necessário.

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Para os autores, o novo achado ajuda a explicar estudos anteriores, nos quais os níveis de glicose no sangue dos pacientes se mostraram maiores, mesmo em dietas restritas a adoçantes artificias, elevando o risco de diabetes.

 

Segundo Tam Fry, do Fórum Nacional de Obesidade, do Reino Unido, os ingredientes artificiais, sejam eles em alimentos ou bebidas, podem prejudicar a saúde, mesmo parecendo saudáveis. “Eles podem estar livres de calorias, mas não de consequências. O diabetes é apenas um deles”, disse o porta-voz ao Daily Mail. “Muitos alimentos processados contêm incompatibilidades semelhantes, inclusive iogurtes pouco calóricos.”

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