Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Acordar cedo ajuda a afastar a depressão

De acordo com pesquisa, para as mulheres, acordar cedo pode diminuir o risco de depressão em 12% a 27%

Por Da Redação
Atualizado em 15 jun 2018, 22h19 - Publicado em 15 jun 2018, 18h37

Mulheres que acordam cedo têm um risco quase 30% menor de desenvolver depressão, em comparação com aquelas que acordam mais tarde, indica estudo publicado esta semana no periódico científico Journal of Psychiatric Research. De acordo com os pesquisadores, acordar cedo permite que as mulheres recebam maior quantidade de luz solar, que também ajuda a reduzir o desenvolvimento da doença.

A pesquisa revelou ainda que as mulheres com hábitos de ‘corujas’ – que preferem o período da noite ou dormem até mais tarde -, estão mais expostas aos fatores de risco da doença, como solidão e distúrbios de sono. Esse é o maior estudo a avaliar a relação entre as preferências de sono das mulheres e a probabilidade de desenvolver problemas mentais.

Luz solar e depressão

Realizado pela Universidade do Colorado, nos Estados Unidos, o estudo investigou a relação entre o cronótipo (ritmo corporal variável segundo a disposição inata da pessoa) feminino e o risco de depressão. As 32.470 mulheres analisadas eram enfermeiras do Nurses’ Health Study, projeto da Universidade de Harvard e do Brigham and Women’s Hospital, que solicita aos participantes o preenchimento de questionários de saúde a cada dois anos.

Ao descrever os próprios cronótipos, 37% das participantes afirmaram acordar cedo, 53% acordavam em horário intermediário e 10% dormiam até tarde. Os resultados da investigação mostraram que aquelas que se classificaram como tipos tardio (dorminhocas) ou intermediários estavam mais propensas a ter depressão. Ainda assim, os tipos tardios apresentaram 6% maiores chances se comparados aos intermediários, embora os pesquisadores considerem essa uma diferença muito pequena.

Continua após a publicidade

Já as mulheres que preferem ou precisam acordar cedo diariamente, apresentaram de 12% a 27% menos probabilidade de sofrer com a doença. Essa relação permaneceu mesmo após serem considerados fatores de risco para depressão, como peso, falta de atividade física, doenças crônicas, duração do sono e emprego noturno.

Esse fator ‘protetor’ de acordar cedo está associado à maior exposição à luz solar. “Quando e quanta luz você recebe também influencia o cronótipo, e a exposição à luz também influencia o risco de depressão”, comentou Céline Vetter, principal autora do estudo, ao jornal britânico Daily Mail.

Por isso os cientistas aconselham as mulheres que costumam dormir até mais tarde a acordar mais cedo e se expor mais aos raios solares.

A influência dos hábitos

Ainda assim, algumas pessoas podem se perguntar o que acontece com as mulheres que acordam cedo, mas passam o tempo de trabalho ou estudo dentro de ambientes fechados. Segundo os pesquisadores, o cronótipo afeta o risco de depressão mesmo quando a exposição à luz do dia e os horários de trabalho/estudo são retirados da equação. Ou seja, o risco continua maior para as mulheres que dormem mais.

A pesquisa também descobriu que as ‘corujas’ são menos propensas a serem casadas e têm maior probabilidade de viverem sozinhas, serem fumantes e terem padrões erráticos de sono, elementos que podem aumentar as chances de depressão.

Apesar de o efeito do cronótipo no risco da doença não ser inteiramente impulsionado por fatores externos, o estilo de vida pode ajudar a diminuir os risco. Por isso, manter uma rotina de sono adequada, praticar exercícios e passar mais tempo ao ar livre para se expor à luz solar podem ser muito úteis para evitar a doença.

Continua após a publicidade

A depressão é um problema de saúde mental bastante comum que pode afetar qualquer pessoa em qualquer idade, trazendo sentimentos de tristeza e perda do interesse por atividades consideradas divertidas. Estima-se que cerca de uma em cada dez pessoas experienciem a doença em algum momento da vida. No Brasil são registrados mais de 2 milhões de casos anualmente.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.