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A estranha conexão entre o sistema digestivo e o Alzheimer

Pesquisadores mapearam caminho percorrido por neurotoxina que afeta neurônios e concluíram que mudanças na alimentação podem evitar processo

Por Paula Felix Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 9 ago 2022, 17h42

Diante das dificuldades para se chegar a um tratamento eficaz para o Alzheimer, condição que afeta a cognição e a autonomia de idosos, pesquisadores têm expandido o leque de investigações sobre a doença, com abordagens que vão de mudanças de hábitos, como evitar o consumo excessivo de álcool e corrigir problemas auditivos e de visão, às novas ferramentas para o diagnóstico precoce. Uma nova frente para avançar nos estudos foi aberta por um grupo do Centro de Ciências da Saúde da Universidade do Estado da Louisiana, nos Estados Unidos, que mapeou o caminho de uma molécula existente no trato gastrointestinal humano capaz de gerar uma neurotoxina que afeta o funcionamento dos neurônios e contribui para o desenvolvimento do Alzheimer. O achado foi publicado no periódico científico Frontiers in Neurology.

Segundo os pesquisadores, a molécula é derivada de uma bactéria leva à produção de uma neurotoxina chamada BF-LPS, um dos mais potentes elementos pró-inflamatórios derivados de micróbios conhecidos e que já foram detectados, inclusive por outros estudos, nos neurônios de pacientes com a doença.

O grupo conseguiu apontar que o BF-LPS vaza do intestino e acessa o cérebro por meio do sistema circulatório. No cérebro, a substância aumenta a inflamação nas células cerebrais, afetando uma proteína que, quando em baixas quantidades, resulta na atrofia e posterior morte dos neurônios.

A partir dos resultados, os cientistas relataram que mudanças na alimentação, como a ingestão de fibras, podem ajudar a impedir o processo. “Em outras palavras, as abordagens baseadas na dieta para equilibrar os microrganismos no microbioma podem ser um meio atraente para modificar a abundância e complexidade das formas enterotoxigênicas de micróbios relevantes para a doença de Alzheimer”, explicou, em comunicado, Walter Lukiw, um dos autores do estudo.

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Eles concluíram ainda que entender essa interação pode ajudar a estabelecer estratégias para o diagnóstico e terapias não só para o Alzheimer, mas para outras doenças neurodegenerativas progressivas.

De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês), mulheres de até 50 anos devem consumir 25 gramas de fibras por dia. Para os homens, a quantidade indicada é de 38 gramas. A partir dos 50 anos, a ingestão diária deve ser de 21 e 30 gramas, respectivamente.

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