Os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 deixaram milhares de pessoas com pelo menos um problema de saúde em Nova York, segundo um estudo do Centro de Controle e Prevenção de Doenças, em Atlanta, nos Estados Unidos. Os mais afetados foram as pessoas que trabalharam no resgate das vítimas, que ficavam em prédios vizinhos ao World Trade Center e pessoas que estavam passando pelo local no exato momento do atentado.
A pesquisa, que contou com a participação de mais de 46.000 pessoas, revelou que, mesmo anos depois, uma em cada dez pessoas desenvolveu asma – nenhuma delas tinha a doença antes do 11 de Setembro. Os cientistas associaram a asma à grande nuvem de poeira a qual essas pessoas ficaram expostas. “Essa análise confirma que a intensa nuvem de poeira estava associada a novos diagnósticos de asma em alguns grupos de pessoas”, disse o médico que liderou a pesquisa, Robert Brackbill.
Dos 21.600 bombeiros e voluntários que ajudaram a resgatar as vítimas, 12,2% tornaram-se asmáticos. Entre 1.913 pessoas que estavam passando pelo local, 8% desenvolveram a doença. Os responsáveis pela pesquisa revelaram também que as pessoas que não abandonaram seus escritórios assim que os prédios foram atingidos têm chances muito maiores de ter asma do que aquelas que não demoraram para sair.
Além da asma, notou-se também que esse grupos de pessoas desenvolveram síndrome do stress pós-traumático. Esse mesmo estudo já havia sido realizado em 2003 e 2004, e foi verificado que 14% das 71.437 pessoas que participaram do teste tinham desenvolvido síndrome do stress pós-traumático. Nas análises feitas entre 2006 e 2007, quando participaram 46.322 pessoas, essa porcentagem subiu para 19%. O grupo mais afetado foi o das pessoas que estavam passando pelo local na hora do atentado.