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O goleiro que parou Pelé

Campeão do mundo pela Inglaterra em 1966, Gordon Banks recebeu da Fifa, por seis vezes, o título de melhor goleiro do planeta

Por Da Redação Atualizado em 15 fev 2019, 07h00 - Publicado em 15 fev 2019, 07h00

Pelé é o único jogador da história celebrado também pelos gols que deixou de marcar, três deles na Copa do Mundo de 1970, a do tri. Houve o chute do meio de campo que fez o goleiro checo Ivo Viktor quase quebrar o pescoço para acompanhar a bola, que finalmente saiu à esquerda. Houve o balé contra o uruguaio Ladislao Mazurkiewicz — o Rei de um lado, a pelota do outro, as luvas desesperadas caçando borboletas no ar e o alívio. E houve um paredão inglês chamado Gordon Banks, autor daquela que é considerada “a maior de todas as defesas”. O cronômetro marcava 11 minutos do primeiro tempo, dia 7 de junho, em Guadalajara. Brasil e Inglaterra empatavam em 0 a 0 (os brasileiros venceriam por 1 a 0). Jairzinho foi à linha de fundo e cruzou forte. Pelé subiu 70 centímetros — com 1,73 metro, ele tinha 2 centímetros a menos que o zagueiro que o marcava, mas voou muito mais alto. Cabeceou de cima para baixo, como manda o figurino. A bola quicou a 2 metros das balizas e seguiu a caminho da rede. Gol! Silêncio. Não, não foi gol. “Quem é futebolista sabe quando bate bem na bola. E ela foi do jeito que eu queria, onde queria. Tinha tanta certeza do desfecho que já estava pronto para comemorar”, relembra Pelé.

Rindo, porque nem ele acreditava no que dizia, Banks afirmava ter feito defesa mais espetacular num pênalti defendido na semifinal da Copa da Liga Inglesa de 1972, atuando pelo Stoke City. Que nada. Banks fora campeão do mundo pela Inglaterra em 1966, recebeu da Fifa, por seis vezes, o título de melhor goleiro do planeta, mas nunca se descolou do instante mágico diante de Pelé. Morreu na terça-feira 12, aos 81 anos, de câncer nos rins.


Galã proletário

INESQUECÍVEL – O ator inglês Albert Finney: operário-padrão das telas (Eric Robert/Sygma/Getty Images)

Não foi só pela carreira prolífica e bem-sucedida que Albert Finney impôs-se no cinema. Cinco vezes indicado ao Oscar, o ator inglês fez protagonistas memoráveis em filmes como As Aventuras de Tom Jones (1963). Mas o ás do teatro shakespeariano marcou época, sobretudo, ao dar rosto a um fenômeno sociológico: os tipos da classe proletária da Inglaterra, retratados em longas-metragens como Tudo Começou num Sábado, de 1960. Morreu na quinta-feira 7, aos 82 anos, de infecção pulmonar, em Londres.

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Carreira nos bancos

Um dos idealizadores do Plano Cruzado, o paulistano Fernão Bracher abriu mão da presidência do Banco Central em fevereiro de 1987, poucos dias antes de o governo Sarney (1985-1990) suspender o pagamento dos juros da dívida externa. “Saí porque queria aumentar os juros e não deixaram”, explicou. Bracher era advogado, mas seguiu carreira no mercado financeiro. Comandou o Banco da Bahia e a incorporadora Atlântica Boavista e foi vice­-presidente executivo do Bradesco. Em 1988 fundou o BBA, vendido para o Itaú, em 2002, por 3,3 bilhões de reais. Morreu na segunda-feira 11, aos 83 anos, de complicações decorrentes de uma queda, em São Paulo.

Publicado em VEJA de 20 de fevereiro de 2019, edição nº 2622

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