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Weintraub toma posse no MEC e diz ter objetivo de ‘acalmar os ânimos’

Sucessor de Ricardo Vélez se apresenta como técnico e defende trajetória acadêmica; Bolsonaro diz ter escolhido novo titular entre 'dezena de currículos'

Por Guilherme Venaglia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 9 abr 2019, 18h54 - Publicado em 9 abr 2019, 14h54

Empossado na tarde desta terça-feira, 9, como novo ministro da Educação, o economista Abraham Weintraub disse chegar à pasta com o objetivo de “acalmar os ânimos” e aberto ao diálogo. Weintraub também se apresentou como “técnico” e defendeu a sua trajetória acadêmica.

“O objetivo é acalmar os ânimos, colocar a bola no chão, República na mente, respeitando diferentes opiniões. Tem gente que fala que eu sou muito radical, mas eu não sou radical. O que você não pode é descumprir a lei. Você não pode pregar a violência e esperar tolerância. Enquanto você não ameaçar a vida e a integridade física de alguém, eu estou aberto ao diálogo”, disse o novo ministro.

Substituto de Ricardo Vélez Rodríguez, dispensado após uma disputa entre grupos opostos levar o Ministério à paralisia, Weintraub pôs panos quentes após a troca. Com uma metáfora em que associa o ministério a um time de futebol, disse ter normal “que um técnico faça uma substituição ou outra” e que isso “não significa que o jogador seja ruim ou seja bom, naquele momento ele só não era adequado para aquela posição”. “Se eventualmente acontecer até comigo, tem que ser visto como algo natural”, concluiu.

Apontado como alguém que não teria experiência para exercer a função, por ter origem no mercado financeiro, o novo ministro se apresentou como um nome “técnico” para comandar o MEC. “O que eu trago de diferente é que eu não sou filiado a um partido, como 60% dos ministros eram. Eu sou um técnico, um professor universitário de uma universidade de muito renome”, afirmou.

Graduado em economia pela Universidade de São Paulo (USP) e mestre em administração pela Fundação Getulio Vargas (FGV), ele é docente concursado da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). “Eu estou sendo deslocado para uma função que o meu passado, a minha formação e o meu histórico, acredito, consigam entregar os resultados que foram prometidos para a nação”, disse Weintraub, que antes era secretário executivo da Casa Civil.

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O economista elencou como seu desafio o paradoxo existente entre os gastos brasileiros em educação, proporcionalmente acima da média dos praticados pelas nações desenvolvidas, com os resultados dos alunos em testes nacionais e internacionais. Os resultados ruins em educação também foram citados pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL), que estabeleceu melhoras em contas básicas em matemática, leitura e interpretação de textos e conhecimento em ciências como objetivos.

Sem mencionar especificamente, como foi de hábito em eventos anteriores, uma suposta influência excessiva de esquerda na educação, Jair Bolsonaro se limitou a dizer ser importante colocar esses temas em substituição ao ensino “de política”. O combate ao chamado “marxismo cultural” foi o tema central da posse de Ricardo Vélez Rodríguez, em janeiro.

Apesar de ter chegado a classificar como fake news há menos de quinze dias uma notícia de que Vélez seria substituído, Bolsonaro admitiu que consultou “uma dezena de currículos” antes de optar por Abraham Weintraub. O antigo titular do MEC só foi oficialmente dispensado na segunda-feira. De acordo com o presidente, o economista foi o único a preencher todos os pré-requisitos que estabeleceu, que ele não detalhou quais foram.

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