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Verão de 2011 chega com cidade despreparada para chuvas

Na sede da Copa de 2014, um dos piores pontos de alagamento é o Maracanã. Problema existe há décadas, mas só agora obra estrutural começará a ser tocada

Por Cecília Ritto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 5 jun 2024, 12h40 - Publicado em 6 dez 2010, 18h45

Oito meses depois das chuvas que atingiram o Rio de Janeiro em abril deste ano, a prefeitura da cidade ainda caminha a passos lentos para evitar novos transtornos. Na noite de domingo e na madrugada desta segunda-feira, os mesmos pontos críticos de sempre voltaram a alagar, causando prejuízos ao comércio e caos no trânsito. Dos 245 pontos de enchente que existiam, foram eliminados apens 25 nesse período. Ou seja, neste verão ainda haverá aproximadamente 220 pontos problemáticos na cidade. Até o fim de 2011, a previsão é de que se acabe com mais 29. Até 2013, deixarão de existir outros 12. Portanto, o Rio chegará ao ano da Copa do Mundo com cerca de 179 pontos de enchentes – sendo um dos mais graves e crônicos justamente a região onde fica o estádio do Maracanã, na zona Norte. Apesar de classificar a Praça da Bandeira como o alagamento “mais emblemático da cidade”, a Prefeitura informou que, “depois de anos de estudo”, seus técnicos constataram que a capacidade de escoamento na área é muito baixa.

O secretário municipal de Obras do Rio, Alexandre Pinto, estava animado nesta segunda-feira com a liberação de 293 milhões de reais pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC2). O investimento, anunciado em Brasília, será em obras de melhoria da Bacia do Canal do Mangue, justamente na região da Avenida Maracanã e da Praça da Bandeira. No entanto, essa reforma só começará no fim do primeiro semestre de 2011, após o processo licitatório. A previsão é de que só termine no início de 2014.

Ou seja, até essas obras estruturais, que já chegam com atraso, tenham efeito, a cidade terá que conviver com inundações. “Nos próximos verões, teremos que trabalhar intensamente com medidas paliativas, como as que tomamos após as chuvas de abril, ao limpar os rios da região.” Mesmo assim, Pinto não descarta o surgimento de novos problemas. Ontem, apesar de todos os esforços em manter os rios e as galerias pluviais limpos, a Praça da Bandeira virou uma piscina em uma hora de chuva. “A chuva foi muito concentrada. A Tijuca recebeu 86 milímetros de chuva, o que corresponde a 80% do previsto para todo o mês de dezembro”, argumenta o secretário.

Depois das chuvas de abril, a prefeitura já investiu 200 milhões de reais em contenção de 280 pontos de encostas. O secretário afirma que a Defesa Civil só recebeu, no domingo, três chamados relativos a deslizamentos. Mas os riscos para quem vive nas encostas, principalmente em favelas, são mais que conhecidos. Ou seja, para fazer frente aos temporais de verão, o carioca acaba tendo que rezar para São Pedro.

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