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Usadas como laranjas, candidatas não se elegem para a Câmara do Rio

Ao todo, as sete postulantes ao cargo de vereadora ouvidas por VEJA receberam juntas 2.155 votos; apenas um nome do PSL foi eleito

Por Jana Sampaio Atualizado em 16 nov 2020, 15h08 - Publicado em 16 nov 2020, 15h00

O resultado destas eleições municipais foi um divisor de águas na vida política do PSL do Rio de Janeiro. Há dois anos, a legenda abrigou a candidatura do presidente Jair Bolsonaro, hoje sem partido, e do senador Flávio Bolsonaro, que migrou para o Republicanos, e foi alçado à condição de segundo maior partido na Câmara dos Deputados. Como resultado, ganhou o direito de administrar a fortuna de 199 milhões de reais do Fundo Eleitoral. Ainda assim, conseguiu eleger apenas um dos 78 postulantes a vereador na capital fluminense. Uma semana antes do pleito, as mulheres que se candidataram pelo PSL denunciaram a VEJA terem sido usadas como laranjas e, como esperado, não receberam votos suficientes para iniciar um mandato no Palácio Pedro Ernesto a partir de 2021.

Ao todo, as sete candidatas, que não viram um centavo sequer do montante recebido pelo PSL, tiveram apenas 2.155 votos. A falta do repasse da verba foi uma das principais reclamações das mulheres. “Me disseram, em várias reuniões e ligações, que eu receberia 60 000 reais. Como a verba era grande, imaginei que conseguiria fazer uma campanha decente, mas fiquei a ver navios”, conta a servidora pública Luciana Tamburini, 40 anos, que concorreu pela segunda vez ao cargo e foi a mulher do grupo que se saiu melhor neste pleito: 1038 votos. Luciana chegou a denunciar o descaso para o Ministério Público estadual, mas nunca recebeu uma resposta.

A microempresária Graça Lemos, 58 anos, e a auxiliar de escritório Chris Alvarenga, 35 anos, foram as que receberam menos votos: 90 e 93, respectivamente. “De que adianta ter 20 bandeiras se não tenho como pagar passagem, alimentação e a diária de quem trabalha para mim?”, questiona Graça Lemos, que engrossa o coro de que foi enganada. Em maio, um dirigente do partido disse à Chris que ela ganharia 50 mil reais, mas a verba nunca chegou. Nem as ex-assessoras do deputado federal Rodrigo Amorim, Priscila Amaral e Luciane Santiago, conquistaram uma vaga na câmara do Rio.

O desempenho pífio, entretanto, não foi exclusividade da ala feminina. Apenas Rogério Amorim, irmão do deputado mais votado em 2018 Rodrigo Amorim, foi eleito vereador pela legenda. Chagas Bola, amigo de Flávio Bolsonaro, que teve direito a 300 mil reais na campanha, ficou como suplente do PSL.

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