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UPA da Maré será reaberta na quarta-feira

A medida foi tomada após a exoneração do comandante do batalhão da área, Cláudio de Oliveira, acusado de ser o mentor da morte de Patrícia Acioli

Por Da Redação
27 set 2011, 23h35

Após dois dias de fechamento, a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Maré, na zona norte do Rio, será reaberta. A ordem partiu do secretário estadual de Saúde do Rio, Sérgio Côrtes, e do comandante-geral em exercício da Polícia Militar, coronel Álvaro. O pedido para que a UPA fechasse suas portas na segunda-feira foi feito pela PM por causa da violência no Complexo da Maré. Esse movimento de abertura e fechamento da unidade está ligado ao tenente-coronel Cláudio Luiz Silva de Oliveira, acusado de ser o autor intelectual da morte da juíza Patrícia Acioli.

Oliveira havia sido transferido, após a morte de Patrícia, do comando do 7º BPM (São Gonçalo) para o do 22º BPM (Maré). Em sua passagem como chefe do batalhão do conjunto de favelas da Maré, Cláudio intensificou as operações policiais na área. E isso fez com que a UPA tivesse de parar o seu funcionamento. Na segunda-feira, a secretaria estadual de Saúde enviou nota explicando os motivos do fechamento: “preservar a população local e a equipe de profissionais da saúde que atua na unidade”. Na mesma mensagem da secretaria, a orientação para quem precisasse de atendimento médico era procurar o Hospital Geral de Bonsucesso, a UPA da Penha ou a UPA da Ilha do Governador.

A reinauguração da UPA será na quarta-feira pela manhã. O retorno do funcionamento é ponto importante para a imagem das unidades, que são vitrines do governo do Rio, e o principal projeto do estado na área da saúde. Apesar de existir uma UPA na Maré, a outra menina dos olhos do governador Sérgio Cabral, as Unidades de Polícia Pacificadora (UPP), ainda não chegou ao conjunto de favelas.

A Maré é dominada por traficantes que circulam sem grandes problemas com seus armamentos pesados pelas ruas do complexo. Apesar da dificuldade de conciliar o funcionamento da UPA com esse tipo de realidade, é quase uma questão de honra para o estado mantê-la aberta. Por diversas vezes, o secretário estadual de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame, afirmou que não há lugar onde o estado não possa entrar. Essa UPA ainda tem um valor simbólico: foi a primeira do estado a abrir as suas portas para a população, em 31 de maio de 2007. A unidade costuma fazer cerca de 290 atendimentos por dia.

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