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Um freio na campanha eleitoral antecipada no Rio

Em uma semana, procurador eleitoral faz três representações contra candidatos ao governo. Pezão, Lindbergh e Garotinho já fazem propaganda para 2014

Por Pâmela Oliveira, do Rio de Janeiro
14 mar 2013, 17h58

Um ano e sete meses antes da eleição que definirá o nome do sucessor do governador Sérgio Cabral, o procurador eleitoral regional do Rio, Maurício da Rocha Ribeiro, tenta colocar um freio na campanha eleitoral antecipada no estado. Quarta-feira, Ribeiro requereu a suspensão, em caráter liminar, de todo material usado para promover o nome do vice-governador Luiz Fernando Pezão ao governo do estado. Nesta quinta-feira, o procurador vai fazer duas representações contra outros dois candidatos que anunciam interesse em disputar o cargo: o senador Lindbergh Farias, do PT, e o deputado federal Anthony Garotinho, do PR.

O deputado e o senador, afirma o procurador, usaram o tempo de televisão gratuito destinado ao PT e ao PR para fazer campanha eleitoral antecipada. “Esse tempo de televisão deveria ser usado para mostrar os programas, as ideias dos partidos. E não para promover o nome de um determinado político e dizer ao eleitor que ele é o melhor candidato”, critica o procurador.

Deputado Anthony Garotinho PR/RJ
Deputado Anthony Garotinho PR/RJ (VEJA)

No vídeo em questão, Lindbergh exalta a parceria que poderia ser feita entre dois petistas nos governos estadual e federal. O senador petista insinua que ele poderia ter mais facilidades com o governo Dilma do que um governador do PMDB. Já Garotinho apareceu em uma das inserções do PR dizendo que o partido estava mais forte para defender o piso dos policiais e bombeiros, a jornada de 30 horas para profissionais de enfermagem e a defesa dos royalties.

O procurador, que pretende ainda fazer mais uma representação contra Pezão por também ter usado em seu favor o tempo de televisão do PMDB, afirma que os partidos e candidatos sabem que estão errados. Mas preferem pagar a multa – o valor varia de 5.000 a 20.000 reais – a deixar de fazer a propaganda eleitoral antecipada. “Eles sabem que estão sujeitos a penalidades, mas preferem correr o risco e pagar a multa”, afirma.

Oficialmente, a campanha eleitoral começa em 6 de julho de 2014. No Rio, no entanto, a disputa entre dois candidatos da base aliada do governo da Presidente Dilma Rousseff pelo apoio da presidente provocou a antecipação da campanha. “Desde o ano passado havia um nervosismo entre os candidatos, que disputavam o apoio da presidente e começaram a fazer campanha. Mas depois do carnaval, isso atingiu o auge”, diz o procurador.

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Ribeiro lembra que os três postulantes ao governo do estado têm mandatos. E critica a postura ofensiva à legislação. “Acredito que os políticos em curso de mandato esquecem as suas representações e passam a só pensar na eleição futura. Isso seria até compreensível se a eleição fosse em dois ou três meses. Mas não é. E estamos falando de um senador, de um deputado federal e de um vice-governador e de uma eleição em 2014”, lembra o procurador.

O MP eleitoral pediu informações sobre a Caravana da Cidadania, iniciada pelo senador petista, em 28 de fevereiro, em Japeri, na Baixada Fluminense. “É difícil acreditar que esse tipo de caravana não tenha objetivo de promover o nome dele como candidato”, afirma o procurador eleitoral.

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