Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

TSE vai tratar de fake news com WhatsApp e quer app para denúncia

Para conselheiros, Corte Eleitoral subestimou o impacto da proliferação de notícias falsas durante a campanha

Por Estadão Conteúdo Atualizado em 10 out 2018, 22h11 - Publicado em 10 out 2018, 21h58
  • Seguir materia Seguindo materia
  • O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) vai marcar uma reunião para os próximos dias com representantes do WhatsApp com o objetivo de discutir a disseminação de fake news na campanha eleitoral brasileira, especialmente aquelas que atingem a imagem da Justiça Eleitoral e a segurança do sistema.

    Publicidade

    O TSE também pretende utilizar o próprio site do tribunal para catalogar boatos dirigidos à instituição e reiterar que não há comprovação de fraude em 22 anos de utilização das urnas eletrônicas.

    Publicidade

    Em outro esforço, a Corte Eleitoral está trabalhando em um aplicativo com o qual os próprios usuários poderão denunciar fake news — ainda não se sabe se a ferramenta será concluída antes do segundo turno, marcado para o dia 28 de outubro.

    Esses assuntos foram debatidos durante reunião nesta quarta-feira (10) com os integrantes do Conselho Consultivo sobre Internet e Eleições, que se encontrou pela primeira vez durante o período eleitoral — a última reunião havia sido em 4 de junho, antes de a ministra Rosa Weber assumir a presidência do TSE.

    Publicidade

    As plataformas WhatsApp, Facebook e Google não foram convidadas para a reunião, mas deverão participar do próximo encontro, previsto para o dia 22 de outubro. Antes disso, auxiliares do TSE pretendem conversar com representantes do aplicativo de mensagens instantâneas para tratar da utilização da plataforma na proliferação de notícias falsas.

    Continua após a publicidade

    A falta de uma definição por parte do TSE sobre a estratégia a ser adotada para prevenir a disseminação de boatos e a ausência de uma tipificação penal para enquadrar a proliferação delas abriu caminho para um grande número de fake news distribuídas no primeiro turno das eleições, na avaliação de investigadores e conselheiros do TSE. Para conselheiros ouvidos reservadamente, a Corte Eleitoral subestimou o impacto do problema durante a campanha. Para um deles, o TSE “está atuando a reboque dos fatos”.

    Publicidade

    Nesta quarta, o ministro do STF Alexandre de Moraes disse que fake news não tiveram influência na eleição. Já Gilmar Mendes afirmou que a Procuradoria-Geral deveria tomar providências criminais contra os seus responsáveis e citou como exemplo a imputação de que há manipulação das urnas eletrônicas. “Para quem houve manipulação da urna? Quem é o beneficiário?”, indagou, destacando a necessidade de “responsabilidade” das pessoas, principalmente das “pessoas públicas”.

    “Não faz sentido (questionar a segurança das urnas). E é preciso dizer a seus seguidores que isso não faz sentido”, também comentou Gilmar sobre as declarações do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL). O candidato, que disputa o segundo turno das eleições com o candidato do PT Fernando Haddad, voltou a lançar suspeitas sobre a confiabilidade do aparelho no último domingo (7), após a votação.

    Publicidade
    Continua após a publicidade

    Assustador

    Em rápida conversa com jornalistas, conselheiros apresentaram visões divergentes sobre o impacto das fake news no primeiro turno. “Existem notícias falsas circulando desde o início da campanha. O volume de conteúdos falsos pra provocar dano aumentou assustadoramente, sobretudo nos últimos dias que antecederam a eleição”, avaliou o conselheiro Thiago Tavares, presidente da associação SaferNet Brasil.

    Ele também destacou que a produção “é muito maior do que a capacidade das agências” de checar a informação. “A fraude custa pouco, mas a checagem exige profissionais qualificados, e muitas vezes o seu resultado não tem o mesmo alcance que teve o conteúdo falso”, comentou Tavares.

    Publicidade

    Para Luiz Fernando Martins Castro, do Comitê Gestor da Internet no Brasil, as “ofensas praticadas foram muito menores” do que o imaginado. “O TSE entendeu que é importante mapear os riscos e está tranquilo quanto ao fato dessa prática no ambiente da internet. Há preocupação específica com o que circula no WhatsApp, porque não é uma rede monitorada”, disse Martins Castro.

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.