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Temer adiou viagem para acompanhar votações no Congresso, diz Planalto

A Presidência negou que o cancelamento tenha ligação com o andar das investigações que apuram irregularidades no Decreto dos Portos

Por Agência Brasil Atualizado em 30 abr 2018, 18h38 - Publicado em 30 abr 2018, 17h38
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  • A Presidência da República informou nesta segunda-feira (30) que o presidente Michel Temer (MDB) adiou a viagem de 10 dias à Ásia para poder acompanhar de perto a pauta de votações do Congresso. O texto cita que a ausência de Temer provocaria o afastamento obrigatório do país também dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), que são pré-candidatos às eleições de outubro.

    O Palácio do Planalto menciona a votação, nesta quarta-feira (2), da proposta que remaneja verbas orçamentárias para evitar que o Brasil deixe de pagar dívidas da Venezuela e Moçambique referentes a um fundo de exportação que tem o país como garantidor. “Isso traria imensos prejuízos a toda a economia brasileira”, informa o texto da Secretaria de Comunicação da Presidência da República.

    O Planalto negou que haja relação entre o adiamento da viagem com o inquérito do Decreto dos Portos, que tem o presidente entre os investigados por supostamente beneficiar empresas do setor portuário em troca de propina. Na última sexta-feira (27), a Polícia Federal pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) mais 60 dias para concluir as apurações.

    “O inquérito que inclui acusações contra o presidente tem 150 dias e pedido de prorrogação de mais 60, não sendo causa urgente que justifique mudança de agenda. Somente pessoas desinformadas sobre tal circunstância espalhariam versão tão inverossímil”, diz o texto.

    No domingo (29), o Ministério de Relações Exteriores já havia comunicado que a viagem foi adiada porque poderia prejudicar a pauta de votações do Congresso Nacional. O itinerário previa que Michel Temer passaria por Cingapura, Tailândia, Indonésia e Vietnã a partir do próximo dia 7.

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    Sucessão

    Desde o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), o Brasil não tem vice-presidente. Assim, os próximos na linha sucessória para assumir o Palácio do Planalto na ausência de Michel Temer do país são os presidentes da Câmara e do Senado. A legislação eleitoral prevê, contudo, que caso eles assumam qualquer cargo no Executivo a menos de seis meses das eleições, tornam-se inelegíveis para o próximo pleito.

    Na última viagem internacional de Temer, ao Peru, em abril, Rodrigo Maia foi para o Panamá e Eunício Oliveira, para o Japão. Quem assumiu a presidência da República interinamente na ocasião foi a presidente do STF, ministra Cármen Lúcia.

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