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Sob ameaça, Flávio Dino reforçou segurança em temporada no Senado

Ex-ministro da Justiça exerceu mandato por 20 dias e solicitou proteção à Polícia Legislativa

Por Marcela Mattos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 24 fev 2024, 18h58

Antes de assumir o Supremo Tribunal Federal (STF), na última quinta-feira, 22, o ex-ministro da Justiça Flávio Dino exerceu por 20 dias mandato de senador, função para a qual foi eleito em 2022.

Durante a temporada, uma das primeiras medidas de Dino foi solicitar à Polícia Legislativa um reforço em seu esquema de segurança pessoal – e foi prontamente atendido.

O pedido veio amparado em uma informação preocupante. Em setembro do ano passado, a inteligência da Polícia Penal Federal identificou que a cúpula do Ministério da Justiça, à época comandado por Dino, seria um dos alvos de um atentado orquestrado pelo Primeiro Comando da Capital (PCC). O alerta foi encaminhado à Polícia Federal, ao então ministro Flávio Dino e aos secretários do órgão. A ordem geral foi para que todos se protegessem.

Conforme mostra reportagem de VEJA desta edição, membros dos três poderes tiveram de alterar suas rotinas, redobrar os cuidados e reforçar os esquemas de segurança depois que setores de inteligência e o Ministério Público de São Paulo colheram indícios de que a facção criminosa estaria levando a cabo um plano para sequestrar e atacar autoridades em troca da libertação do líder Marcos Camacho, o Marcola.

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No caso de Dino, o pedido de reforço à polícia do Senado se deu justamente porque ele perdeu o aparato a que tinha direito enquanto ministro de Estado, como viajar em voos da Força Aérea Brasília (FAB). Os deslocamentos nas aeronaves militares eram justificados por questões de segurança.

“É um período muito tumultuado”, disse Dino a VEJA. Enquanto senador, ele teve direito a veículos blindados, um time de seguranças e escolta, inclusive dentro do Congresso, além de um esquema especial durante voos feitos em aviões de carreira.

A apuração sobre o PCC

Considerado uma das maiores organizações criminosas do planeta e com raízes espalhadas por 23 presídios do país, o PCC tem se profissionalizado cada vez mais, movimentado bilhões de reais por meio do tráfico de drogas e lavagem de dinheiro e ganhado terreno também em contratos públicos.

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Investigar a facção criminosa é um trabalho árduo. Investigadores colhem fragmentos de informações, bilhetes codificados, escutas em penitenciárias e contam também com informantes e desertores do grupo. Foi nesse processo, quase que de um quebra-cabeça, que foi identificado o plano contra autoridades.

Também foi constatado que integrantes do “Restrita”, um seleto grupo ligado à cúpula da facção criminosa, tinham feito uma incursão em Brasília nos meses de maio, junho e julho do ano passado.

O núcleo em questão é especializado em colocar em prática as missões arriscadas e perigosas da facção, como o cometimento de atentados e sequestros. A ordem é dada diretamente por Marcola, que cumpre na Penitenciária Federal de Brasília pena de mais de 300 anos de prisão, e tenta de qualquer maneira fugir do presídio de segurança máxima.

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