A estratégia lançada pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para se blindar de novos protestos irritou os servidores da Casa. Alvo de uma “chuva de dólares“, referência às contas secretas mantidas na Suíça, o peemedebista baixou um ato que determina que, com exceção dos parlamentares, todos os frequentadores da Câmara, inclusive os credenciados, terão de passar por detectores de metais. Resultado: em plena sexta-feira, dia em que não há sessão e nem sequer os congressistas estão na Casa, os servidores enfrentaram uma longa espera na fila, que chegou ao estacionamento. Os servidores protestaram durante: “Eu não tenho dólar. Todos nós agora estamos sob suspeita? Fora Cunha!”, gritavam alguns, nesta manhã. Diante da confusão, o primeiro-secretário da Casa, Beto Mansur (PRB-SP), vai conversar com o Eduardo Cunha e tentar aliviar as regras para os funcionários. (Marcela Mattos, de Brasília)