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Senadores querem ‘meio-termo’ para foro privilegiado

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) ainda está em discussão no plenário do Senado e as modificações deverão ser apreciadas pela CCJ

Por Da redação
Atualizado em 3 abr 2017, 22h13 - Publicado em 3 abr 2017, 11h22
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  • Senadores articulam 'meio-termo' para aprovação de PEC sobre o fim do foro privilegiado (reprodução/Reprodução)

    Senadores de diversos partidos articulam alterações na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que extingue o foro privilegiado para manter no Supremo Tribunal Federal (STF) a decisão sobre abertura de processos contra políticos. O projeto ainda está em discussão no plenário do Senado e as emendas ao texto serão apreciadas pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), segundo informações da edição desta segunda-feira do jornal O Estado de S. Paulo.

    As principais lideranças da Casa apresentam resistência à ideia de extinguir completamente o foro privilegiado. “Não podemos fazer uma lei que, eventualmente, tire o direito ao foro privilegiado dos deputados e senadores e prejudique 37,5 mil autoridades do Judiciário”, afirmou o líder do PSDB, Paulo Bauer(SC).

    A opinião é compartilhada por outros líderes da Casa, mas há também, por outro lado, a percepção de que o fim do foro privilegiado tem apoio da opinião pública, o que dificultaria qualquer movimento para engavetar o projeto. Desta forma, a solução seria costurar o texto com emendas.

    Os três maiores partidos do Senado – PMDB, PSDB e PT –, participaram diretamente das negociações para mudanças no texto e devem votar favoravelmente aos dispositivos para manter aspectos do foro privilegiado. Entretanto, as bancadas decidiram adotar a estratégia de não apresentar emendas que modifiquem o projeto para não expor os senadores, evitando uma possível repercussão negativa. As alterações foram, inclusive, sugeridas por senadores de partidos menores.

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    Quatro emendas já foram apresentadas ao projeto. Os senadores ainda poderão pedir alterações até esta terça-feira. Uma delas, sugerida pelo senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE), determina que processos contra políticos serão julgados pela Justiça comum, mas quem decidirá aceitar ou rejeitar essas denúncias serão os tribunais superiores, como o STF e o Superior Tribunal de Justiça (STJ). Na prática, a emenda cria um “filtro” para processos contra políticos.

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    Outra emenda que fortalece o poder do STF é a criação de varas especializadas para julgar autoridades. Apesar de o dispositivo retirar os inquéritos de políticos do Supremo e enviar para a primeira instância, o texto prevê que os titulares e suplentes das varas especializadas serão escolhidos por ministros do STF.

    O senador Airton Sandoval (PMDB-SP) propôs uma emenda que prevê que, com o fim do foro privilegiado, o processo penal contra agente público seja transferido para a justiça comum na vara de domicílio ou residência do autor do crime, e não do local de sua ocorrência – com isso, os políticos seriam julgados sempre em seus Estados, onde teoricamente possuem maior poder e influência.

    O senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) sugeriu a única emenda, até o momento, que reforça o fim do foro privilegiado. Ele sugere que a revisão constitucional para extinguir o foro privilegiado seja feita no artigo 5º da Constituição, de forma a se tornar uma cláusula pétrea – assim, não poderá ser modificada futuramente.

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