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Senador apresenta adendo à relatório da CPI com capítulo sobre caos no AM

Texto propõe indiciamento do governador Wilson Lima e do ex-secretário estadual de Saúde Marcellus Campêlo

Por Da Redação Atualizado em 24 out 2021, 14h41 - Publicado em 24 out 2021, 14h38

Integrante do grupo majoritário da CPI da Pandemia, o chamado G7, o senador Eduardo Braga (MDB-AM) apresentou um adendo ao relatório final da comissão de inquérito em que pede o indiciamento do governador do Amazonas Wilson Lima e do então secretário estadual de Saúde Marcellus Campêlo por crimes como epidemia, prevaricação e crime contra a humanidade. Lima e Campêlo, este último acabou preso em uma operação da Polícia Federal, foram responsáveis, de acordo com o parlamentar, pela grave crise sanitária por que passou Manaus na primeira onda da pandemia. Naquela ocasião, pacientes agonizaram até a morte em hospitais manauaras por falta de oxigênio.

“Os alertas da empresa White Martins [fornecedora de 90% do oxigênio no estado] foram bastante claros. A possibilidade de desabastecimento já era uma realidade que, infelizmente, se concretizou. Caso o governo estadual tivesse agido com a diligência e a proatividade que se espera de um bom gestor, sobretudo em um momento de pandemia relacionada a uma síndrome respiratória aguda grave, o povo amazonense não teria vivenciado dias de terror, com pessoas morrendo asfixiadas nas portas e mesmo dentro dos hospitais”, diz trecho do relatório apresentado por Braga e que será analisado pela CPI na próxima terça-feira, 26, quando deverá ser votado o documento final da comissão.

Na quarta-feira, 20, o relator Renan Calheiros (MDB-AL) apresentou suas conclusões finais com o indiciamento de 66 pessoas, entre as quais o presidente Jair Bolsonaro, e duas empresas: a Precisa Medicamentos, intermediária na compra de 20 milhões de doses da vacina indiana Covaxin, e a VTCLog, responsável pela logística e distribuição de imunizantes para o Ministério da Saúde.

No adendo de voto divulgado pelo senador Eduardo Braga, é proposto que o governador Wilson Lima seja indicado por cinco crimes – epidemia com resultado morte, prevaricação, crimes de responsabilidade, improbidade administrativa e crime contra a humanidade. A Marcellus Campêlo são atribuídos os crimes de prevaricação, improbidade administrativa, crime contra a humanidade e falso testemunho.

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Conforme mostrou VEJA, a CPI teve acesso a processos sigilosos envolvendo governos estaduais que apuram desvios de 4 bilhões de reais, segundo cálculos da Polícia Federal. Entre os processos encaminhados à CPI, o mais adiantado deles envolvia exatamente o governador Wilson Lima, réu por causa da compra de respiradores superfaturados adquiridos de uma loja de vinhos e acusado de integrar uma organização criminosa que desviou 2,2 milhões de reais durante a pandemia. O Ministério Público chegou a pedir a prisão do governador, que foi rejeitada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Na quarta-feira, 20, o senador governista Marcos Rogério (DEM-RO) também divulgou uma versão alternativa para as conclusões da CPI e, no voto em separado que apresentará para votação dos senadores, isentará a administração Bolsonaro e culpará governadores, prefeitos e burocratas por desvios nas ações de enfrentamento ao vírus.

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