Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

Segunda Turma do STF nega recurso de Lula contra atuação de Moro

Por unanimidade, em votação no plenário virtual, ministros entenderam que Moro não cometeu ilegalidades na ação envolvendo a sede do Instituto Lula

Por Da Redação 23 ago 2019, 17h40

A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) negou, por unanimidade, um recurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva contra a atuação do ex-juiz federal Sergio Moro no processo que apura fraudes envolvendo o Instituto Lula.

Em votação no plenário virtual, os ministros seguiram o parecer do relator da Operação Lava Jato no STF, ministro Luiz Edson Fachin, para quem não há indícios de que a conduta de Moro feriu a Constituição. O entendimento foi seguido pelos ministros Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Cármen Lúcia. O ministro Celso de Mello, decano da Corte, não participou deste julgamento por motivo de licença médica.

A votação do recurso começou na quinta-feira 16 e terminou às 23h59 da quinta-feira 22. O resultado foi confirmado pelo STF nesta sexta-feira, 23. Fachin foi o primeiro ministro a votar. Ele incluiu seu parecer no sistema eletrônico do STF na quinta-feira 16. “Verifico, nada obstante, não ter se demonstrado relação de prejudicialidade entre o presente agravo regimental e a citada reclamação”, afirmou em seu voto.

A defesa de Lula pedia a anulação de todos os atos do então juiz federal Sergio Moro na ação sobre o Instituto Lula. Neste processo, no entanto, Moro atuou apenas no início, O petista, inclusive, ainda não foi julgado pela Justiça, que decidirá pela condenação ou absolvição do ex-presidente.

Os ministros analisaram um recurso da defesa contra uma decisão de Fachin de abril deste ano. À época, o relator da Lava Jato afirmou que o atual ministro da Justiça e Segurança Pública do governo Bolsonaro não cometeu nenhuma ilegalidade.

Continua após a publicidade

Os advogados de Lula contestaram a autorização da realização de perícia nos documentos da Odebrecht, mantidos em sigilo durante o processo. Segundo a defesa, não houve oportunidade para contestá-los.

A ação penal apura se o petista cometeu crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no suposto recebimento de 12,9 milhões de reais da Odebrecht por meio da compra de dois imóveis: uma cobertura vizinha à do ex-presidente no edifício Hill House, em São Bernardo do Campo (SP), ao custo de 504.000 reais; e um terreno onde seria construído o Instituto Lula, em São Paulo, que teria custado 12,4 milhões de reais – a sede da entidade, no entanto, foi construída em outro endereço.

As duas aquisições teriam sido feitas por meio de laranjas: no caso do imóvel na capital paulista, o empresário Demerval Gusmão e a DAG Construtora; no caso da cobertura do ABC paulista, Glaucos da Costamarques, primo do pecuarista José Carlos Bumlai, amigo de Lula. O petista nega todas as acusações. Além de Lula, são réus na ação outras sete pessoas, incluindo Gusmão, Costamarques, o empreiteiro Marcelo Odebrecht e o ex-ministro Antonio Palocci, entre outros.

Continua após a publicidade

Escolhido substituto do ex-juiz Sergio Moro depois da ida dele para o Ministério da Justiça e Segurança Pública, o juiz federal Luiz Antonio Bonat é o atual responsável pela ação penal.

Lula se cala em depoimento

No dia 5 de março deste ano, o delegado Filipe Hille Pace, da Polícia Federal em Curitiba, tentou ouvir o ex-presidente Lula no inquérito que apura corrupção em negócios do banqueiro André Esteves, do BTG Pactual, com a Petrobras. O petista afirmou que seguiria orientação de seus defensores e permaneceria calado.

O depoimento foi anexado ao pedido de buscas da 64ª fase da Operação Lava Jato, denominada Pentiti, que foi deflagrada na manhã desta sexta-feira para apurar supostos crimes de corrupção envolvendo o Banco BTG Pactual e a Petrobras na exploração do pré-sal e “em projeto de desinvestimento de ativos” na África. Entre os alvos da operação estão a ex-presidente da estatal Graça Foster e o executivo do banco, André Esteves.

Continua após a publicidade

Pace afirma que Lula não está sendo indiciado no inquérito, mas sim estão sendo apurados os fatos. Na delação do ex-ministro Antonio Palocci, que ajudou a embasar as investigações, o ex-presidente é citado. De acordo com a corporação, os supostos crimes podem ter causado prejuízo de ao menos US$ 1,5 bilhão, o que equivaleria a cerca de R$ 6 bilhões de reais hoje.

Lula afirmou ao delegado da Lava Jato que “já prestou muitos depoimentos” e que “tem vontade de falar”. “Vontade de falar, gravado e ao vivo, é tudo que eu quero na vida. É toda oportunidade que eu quero. Mas, seguindo a orientação do advogado, em relação à decisão no processo no Supremo Tribunal Federal, eu então hoje não responderei até o advogado dizer ‘olha, vamos para o embate’.” Segundo Lula, são mentiras as afirmações feitas contra ele.

(Com Estadão Conteúdo)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

a partir de 35,60/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.