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Rui Costa, o “Correria”, aposta as fichas no investimento privado

Ministro da Casa Civil quer fortalecer mecanismos que impulsionem a participação de empresas e fundos de investimentos em projetos públicos

Por Daniel Pereira 10 jan 2023, 09h52

O novo ministro da Casa Civil, Rui Costa, tem um discurso complementar ao do chefe na área econômica. Enquanto o presidente Lula prega a favor de mais intervencionismo estatal e do uso de bancos públicos e estatais como indutores do crescimento, Costa gosta de destacar a importância de a nova administração atrair investimentos privados. Entre as suas prioridades estão o lançamento de novas rodadas de concessões em diferentes setores de infraestrutura e até a realização de parcerias público-privadas, instrumento já usado por estados e municípios, mas não pelo governo federal.

“A palavra de ordem é crescer para melhorar emprego e renda. Para crescer, é preciso retomar investimentos, o investimento público direto, mas também dar celeridade a projetos de concessões, licenciamentos e outorgas que possam ser tocadas pela iniciativa privada”, declarou o ministro em entrevista à Globonews. “O governo garantirá segurança jurídica e previsibilidade de longo prazo para atrair aqueles que buscam investimentos com segurança”, acrescentou.

Para Rui Costa, o dinheiro privado é bem-vindo mesmo nos setores de petróleo e gás, nos quais o PT historicamente adota uma postura mais estatizante. O ministro diz que a Petrobras deve voltar a investir em refinarias e que, nesse processo, as parcerias com empresas são uma alternativa. “Não há  nenhum dogma, nenhum preconceito, de que esses investimentos possam ocorrem em parceria com a iniciativa privada. Se empresas privadas querem fazer projetos com a Petrobras, ótimo”, disse na mesma entrevista.

Rui Costa também quer fechar parcerias com empreiteiras que firmaram acordos de leniência no âmbito da Operação Lava-Jato. A ideia é que essas empresas, desde que haja aval do Ministério Público Federal, da Controladoria-Geral da União (CGU) e do Tribunal de Contas da União (TCU), possam pagar parte de suas dívidas bilionárias com a União terminando obras inacabadas, que hoje, segundo o ministro, seriam cerca de 14 mil por todo o país.

Ex-governador da Bahia, o ministro ganhou à frente do estado o apelido de “Rui Correria”, dado por seus auxiliares por ser um bom tocador de obras. A fama — a mesma que fez Dilma Rousseff saltar da Casa Civil para uma candidatura presidencial vitoriosa — será agora testada em âmbito nacional. Com humildade, o ministro garante, até aqui, que não pensa em concorrer ao Planalto em 2026.

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