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Quem é o diretor da PF que virou pivô da crise entre Moro e Bolsonaro

Amigo de longa data de Moro, Maurício Valeixo foi chefe da PF no Paraná durante a Lava Jato e já ocupou cargo 'número 3' na corporação

Por Redação
Atualizado em 24 abr 2020, 09h29 - Publicado em 23 abr 2020, 15h20

Pivô da crise entre o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Justiça, Sergio Moro, o diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Leite Valeixo, é amigo de longa data de Moro e foi superintendente da PF no Paraná durante a Operação Lava Jato. O ex-juiz, que deixou a carreira na magistratura para assumir a pasta no governo Bolsonaro, foi informado pelo presidente sobre a saída de Valeixo do cargo e estuda pedir demissão. “Se Valeixo sair, eu saio”, disse Moro a Bolsonaro.

Superintendente da PF em Curitiba entre 2009 e 2011, Valeixo voltou a ocupar o cargo em dezembro de 2017, quando substituiu o delegado Rosalvo Ferreira à frente do braço paranaense da Lava Jato. Ele ficou no posto até ser escolhido por Sergio Moro para chefiar a corporação, em novembro de 2018.

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Durante sua gestão como chefe da operação no Paraná, ele foi o responsável pela condução da prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em abril de 2018. Foi também em sua gestão que foi fechada a delação de Antonio Palocci com a PF em Curitiba.

Delegado há mais de 20 anos, Valeixo também comandou a Diretoria de Investigação e Combate ao Crime Organizado (Dicor) entre 2015 e 2017, durante a gestão do ex-diretor da PF Leandro Daiello. O cargo é considerado o de “número 3” na hierarquia da corporação. Formado em direito, ele é paranaense e já atuou em outras frentes do órgão contra a corrupção.

Esta não é a primeira vez que integrantes do governo se articulam para mudar a cúpula da PF. No ano passado, houve um um movimento de Bolsonaro para enfraquecer Moro, considerado mais popular que o próprio chefe, o ministro da Justiça identificou grupos dentro da própria PF como responsáveis por tentar desgastá-lo junto ao Palácio do Planalto.

Um dos casos que deixou clara a disputa na PF foi a inclusão indevida do nome de um homônimo do deputado bolsonarista Hélio Negão em um inquérito sobre fraudes previdenciárias. Em agosto, em uma entrevista no Palácio da Alvorada, o presidente havia afirmado que iria vir a público uma “falsa acusação de uma pessoa importante que está do meu lado”. Àquela altura, ele já havia sido informado da armação contra Negão. Na sequência, o próprio Moro se reuniu reservadamente com Bolsonaro para explicar a guerra de grupos dentro da corporação. Quase três semanas depois das explicações, Bolsonaro disse a Moro que Maurício Valeixo continuaria no cargo, por enquanto.

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Em setembro, houve outro desgaste político para Valeixo. A PF deflagrou uma operação para investigar o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), líder do governo no Senado. Investigadores fizeram buscas no Congresso, o que causou a revolta de alguns parlamentares, que reclamaram com Moro e Bolsonaro.

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