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PT inicia processo de expulsão de Antonio Palocci

Em depoimento ao juiz Sergio Moro, ex-ministro acusou o ex-presidente Lula de ter firmado um 'pacto de sangue' para receber propinas da Odebrecht

Por Da Redação
19 set 2017, 11h53
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  • A executiva municipal do PT de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, decidiu nesta segunda-feira, por unanimidade, encaminhar o processo do ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci para a Comissão de Ética do partido. Na prática, o diretório petista da cidade, onde Palocci foi prefeito, deu início ao processo para expulsar o ex-ministro da legenda.

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    Antonio Palocci é acusado de quebrar a ética partidária ao dizer em depoimento ao juiz Sergio Moro que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) firmou um “pacto de sangue” com o empreiteiro Emílio Odebrecht para receber propinas e benefícios pessoais em troca de vantagens para a empresa. Conforme VEJA revelou com exclusividade na edição desta semana, o ex-ministro afirmou em proposta de delação premiada que chegou a entregar maços de dinheiro vivo a Lula.

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    “O motivo são as acusações inverídicas que ele fez tentando incriminar o ex-presidente Lula”, disse o presidente do diretório municipal do PT de Ribeirão, Fernando Tremura. Segundo ele, o partido não vai investigar as acusações de corrupção das quais Palocci é alvo. “Não vamos entrar neste mérito. As acusações de corrupção vão ser investigadas pela Justiça Federal”, explicou o dirigente.

    Tremura negou que o PT de Ribeirão estivesse evitando abrir o processo contra sua principal liderança. “Não é que o PT não queria investigar, é que até agora ninguém tinha feito uma denúncia”, afirmou. O responsável pela iniciativa de punir o ex-ministro é Luiz Fernando da Silva, integrante da executiva municipal.

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    Agora, Palocci será notificado sobre a abertura do processo e terá um prazo para apresentar sua defesa. Dentro de, no máximo, três meses a comissão de ética apresenta um relatório com o resultado das investigações e sugestões de penalidades a serem aplicadas, se for o caso. O relatório é votado pelo Diretório Municipal, a quem cabe a última palavra.

    A mãe de Palocci, dona Toninha de Castro, de 82 anos, é suplente no Diretório Municipal e militante ativa do partido. Segundo Tremura, ela costumava participar de todas as reuniões e votava quando algum integrante titular faltava à reunião. “Agora ela anda meio afastada. Dá para entender, ela é mãe”, disse o presidente do PT de Ribeirão. Na direção nacional a expectativa é que Palocci tome a iniciativa de pedir a desfiliação.

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    Depoimento

    Na semana passada, Fernando Tremura, afirmou que o ex-ministro Antonio Palocci teria prestado depoimento para o juiz Sergio Moro, no último dia 6, “sob efeito de tortura”. Para o presidente municipal do PT, as acusações que Palocci fez ao ex-presidente Lula foram “arrancadas depois de muita tortura psicológica, em consequência de uma prisão ilegal”.

    Sobre as críticas que o ex-ministro recebeu de alguns membros do PT, Tremura disse não ser correto compará-lo a figuras como o ex-ministro José Dirceu, o ex-deputado José Genoíno e o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto (que, embora presos, não delataram o ex-presidente). “Palocci não tem as mesmas características, formação e preparo desses companheiros. São pessoas diferentes, com histórias diferentes de vida”.

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    (Com Estadão Conteúdo)

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