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PSB quer indicar Erundina para vice de Haddad em São Paulo

Ex-prefeita de São Paulo, a deputada diz que só aceita a missão se o seu nome for unanimidade entre os socialistas

Por Thais Arbex
13 jun 2012, 19h28

Com o aval do governador Eduardo Campos, que desembarca em São Paulo na sexta-feira para selar o apoio socialista à candidatura de Fernando Haddad à prefeitura de São Paulo, o PSB ofereceu o nome da deputada Luiza Erundina como vice na chapa do ex-ministro da Educação. O vice-presidente do PSB, Roberto Amaral, foi encarregado de sondar a ex-prefeita da capital paulista. Na conversa, que aconteceu no início da semana, ela disse que só aceitaria a missão se a indicação fosse por consenso. Erundina exigiu, na prática, unanimidade no PSB em relação ao seu nome.

Na sexta-feira, antes do encontro de Eduardo Campos com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a direção do PSB se reunirá a portas fechadas em um hotel em São Paulo para eliminar as resistências dentro do partido. “Temos 99% de certeza de que será ela”, disse ao site de VEJA o vereador Juscelino Gadelha, hoje secretário-geral do PSB municipal. Ex-PSDB, ele liderou o movimento para pressionar a direção nacional do partido, em especial o presidente Eduardo Campos, pela aliança com o PT em São Paulo.

Erundina nunca teve uma boa relação com a ala paulista do partido, que sob o comando do presidente estadual da legenda, Márcio França, resistiu o quanto pode à aliança com os petistas, trabalhando por um acordo com o PSDB do ex-governador José Serra. Em entrevista ao site de Veja, no início de março, França afirmou que o PSB “não era submisso ao PT”. Na semana passada, ele cedeu às pressões do governador Eduardo Campos e deixou o comando da Secretária de Turismo do governo Alckmin. Eleito deputado federal em 2010, ele voltou à Câmara dos Deputados.

Isolada dentro do PSB, Erundina não participou das negociações políticas sobre a eleição na capital paulista. A deputada chegou a se dizer desrespeitada por não ter sido consultada em nenhum momento, embora seu nome fosse cogitado o tempo todo. O próprio Márcio França lançou seu nome quando, para aumentar o cacife do PSB, espalhou a possibilidade de uma candidatura própria a prefeito de São Paulo. A ideia, dizia ele, seria formar uma coligação com PCdoB e com o PDT, tendo Luiza Erundina na cabeça da chapa.

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Filiada ao PSB desde 1997, Erundina chegou a anunciar que sairia do partido no início de 2011, em meio às negociações dos socialistas para a filiação do prefeito Gilberto Kassab e do vice-governador Guilherme Afif Domingos, ambos de saída do DEM. À época, ela disse estar “isolada há muito tempo” e que a possível entrada dos ex-democratas no PSB fariam com que ela deixasse de “respirar” dentro do partido.

Aos 77 anos e em seu quarto mandato na Câmara dos Deputados, Erundina foi uma das fundadoras do PT e a primeira mulher a governar a capital paulista (1989-1992) – período em que sua relação com o partido começou a ruir. Ela deixou o PT em 1996, após uma conturbada campanha para as eleições municipais daquele ano.

Hoje, no entanto, o partido do ex-presidente Lula “acolheu com entusiasmo” a indicação do PSB. Segundo o presidente municipal do PT em São Paulo e coordenador da campanha de Haddad, vereador Antônio Donato, Erundina será “um ótimo nome”. Os petistas apostam que a boa relação da deputada com a igreja católica pode, inclusive, atrair o eleitorado do deputado Gabriel Chalita, do PMDB. “Ela agrega valores ligados a nossa campanha”, disse Donato.

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