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Setor do PSB declara apoio a Haddad e pressiona Campos

Movimento é liderado por um ex-tucano: Juscelino Gadelha. Eduardo Campos, presidente nacional socialista, já avisou que só definirá aliança em junho

Por Thais Arbex
8 Maio 2012, 23h14

Um grupo formado por dirigentes PSB de São Paulo declarou nesta terça-feira apoio à candidatura do petista Fernando Haddad à prefeitura da capital, em evento no centro da cidade. O movimento é uma forma de pressionar a direção nacional do partido, em especial o presidente Eduardo Campos, pela aliança com o PT em São Paulo. O petista foi recebido por cerca de vinte integrantes do Movimento em Marcha, ligado ao PSB, cuja bandeira é a defesa da “brasilidade e miscigenação”. Os representantes do movimento anunciaram que farão um megaevento no final do mês, com todos os setores da sigla, para anunciar apoio a Haddad. O diretório municipal, no entanto, ainda não fechou uma posição sobre o apoio e, procurado pelo site de VEJA, o presidente municipal, Eliseu Gabriel, foi cauteloso: “Esse é um movimento de alguns setores do partido. Não é nada oficial.” Mesmo os petistas pisaram em ovos ao falar sobre a aliança com o PSB. “Essa é uma reunião importante, mas vamos respeitar o cronograma, o debate interno e a autonomia do PSB”, disse Haddad. “Tenho certeza de que vamos trabalhar juntos, mas temos que respeitar as instâncias e lógicas de cada partido”, afirmou o presidente municipal do PT e coordenador da campanha petista, vereador Antônio Donato. Curiosamente, o coordenador do grupo que defende o apoio do PSB a Haddad é um ex-PSDB: Juscelino Gadelha, hoje secretário-geral do PSB municipal. “É importante mostrar para a direção nacional que toda a base do partido quer a aliança com Haddad. Estamos trabalhando com os deputados estaduais e federais, nossos prefeitos e nossa militância em prol de Haddad”, disse Gadelha. “Buscamos nossa unidade dentro do PSB, conversando com os companheiros que não têm o mesmo pensamento para convencê-los que Haddad é o melhor candidato para São Paulo.” A fala é uma referência à posição de Márcio França, presidente estadual do PSB em São Paulo e secretário de Turismo do governo Geraldo Alckmin (PSDB). Para aumentar o cacife do partido nas negociações na capital paulista, França lançou a possibilidade de uma candidatura própria em São Paulo, em coligação com PCdoB ou PDT. A lógica do PSB é simples: se o PT quer o apoio dos socialistas em São Paulo, terá de ceder em outras cidades. Além de Recife, Fortaleza, Macapá e Boa Vista, o PSB pede também que o PT desista das candidaturas em Mossoró (RN) e Duque de Caxias (RJ). Segundo Gadelha, está previsto um novo encontro entre as direções nacionais dos dois partidos. O apoio do PT em mais duas cidades será colocado em discussão: Ferraz de Vasconcelos e Taboão da Serra, na Grande São Paulo, ambas comandadas pelos socialistas. Apelo de Lula Ainda em tratamento contra um câncer na laringe, o ex-presidente Lula recebeu Eduardo Campos, em seu apartamento em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, no final de março, para tratar do apoio dos socialistas à candidatura de Fernando Haddad à prefeitura de São Paulo. Campos saiu sem dizer nem sim nem não ao apelo dos petistas. O governador avisou que a decisão sobre o apoio ao PT só sai em junho. O prazo foi reiterado por Haddad nesta terça-feira. “Definimos até o começo de junho para consolidar nossa aliança, mas é evidente que ela só tem sentido se for uma vontade do PSB de São Paulo”, afirmou o pré-candidato. “A gente sente que a base do PSB quer essa aliança, mas ela não pode ser imposta.” A direção nacional do PT acha difícil Campos negar um apelo de Lula. O governador foi ministro no primeiro mandato do ex-presidente e considera o petista um fiel aliado. Os petistas acreditam também que as aspirações nacionais do governador para 2014 pesarão na decisão. O PT quer o PSB na aliança para reeleição de Dilma Rousseff e está disposto a colocar Campos como candidato a vice-presidente.

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