O senador petista Delcídio do Amaral (PT-MS), preso na última semana por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF) por suspeitas de boicotar as investigações da Lava Jato, estava arrolado como testemunha de defesa do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto em um dos processos que investiga o escândalo do petrolão. Colega de partido, Delcídio tinha sido incumbido da tarefa de depor para livrar o ex-chefe do caixa petista das acusações de que a legenda arrecadou milhões de reais em propina de contratos da Petrobras. Vaccari não contava que sua testemunha de defesa acabasse detida depois de tramar a fuga do ex-diretor Nestor Cerveró e de negociar o pagamento de uma mesada em troca do silêncio do ex-dirigente. Com Delcídio impedido de depor em favor do correligionário, Vaccari escolheu o deputado e também petista Carlos Zarattini para o papel de tentar melhorar sua imagem junto ao juiz Sergio Moro. (Laryssa Borges, de Brasília)