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Presidente do Brasil 200 afirma que grupo não apoia fake news

Empresários ligados ao grupo -- Edgard Corona, da Smart Fit, e Luciano Hang, da Havan -- são investigados pela Polícia Federal

Por Roberta Paduan Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 30 Maio 2020, 09h10 - Publicado em 29 Maio 2020, 22h55
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  • O presidente do Instituto Brasil 200, Gabriel Rocha Kanner, manifestou-se sobre o envolvimento de dois membros do grupo no inquérito sobre fake news do STF, tema da reportagem Investigação sobre fake news reaviva fantasma que assombra Bolsonaro, publicada por Veja nesta sexta-feira, 29. A matéria trata da operação da Polícia Federal deflagrada na quarta-feira 27, no âmbito do inquérito que apura ameaças e fake news contra o Supremo Tribunal Federal (STF).

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    A operação resultou na busca e apreensão em endereços de parlamentares, blogueiros e empresários, todos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro. Entre os empresários que foram alvo da operação da PF, Edgard Corona, dono da rede de academias Smart Fit, foi membro do Brasil 200 até semanas atrás, enquanto Luciano Hang, dono das lojas Havan, permanece no grupo.

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    De acordo com as investigações, há indícios de que Corona e Hang tenham financiado a propagação de notícias falsas por meio de redes sociais. “Há informações de que os empresários aqui investigados integrariam um grupo autodenominado de ‘Brasil 200 Empresarial’, em que os participantes colaboram entre si para impulsionar vídeos e materiais contendo ofensas e notícias falsas”, escreveu o ministro do STF Alexandre de Moraes, que ordenou a quebra dos sigilos fiscal e bancário dos empresários.

    Por meio de nota, Kanner afirmou que o Instituto Brasil 200 trabalha desde a sua fundação, há mais de dois anos, para defender o Estado Democrático de Direito, a Constituição, o liberalismo econômico e o conservadorismo. “Jamais criamos ou impulsionamos conteúdo para prejudicar, ofender ou descredibilizar qualquer pessoa ou instituição, ou para disseminar notícias falsas”, escreveu.

    Corona foi dragado para a investigação por causa de uma mensagem enviada ao grupo de WhatsApp batizado de “Brasil 200 Empresarial”, na qual dizia que precisava de dinheiro para impulsionar mensagens de ataque ao presidente da Câmara, o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ). A mensagem de Corona incluía um vídeo com críticas à proposta de reforma tributária encampada por Maia.

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    Kanner tenta desvencilhar o Brasil 200 das iniciativas individuais de seus membros. Segundo ele, o grupo “é formado por empresários que participam de forma voluntária de discussões e ações com o objetivo de defender valores e princípios que contribuam com o desenvolvimento do país”. Por fim, afirma que o Brasil 200 defende “acima de tudo a liberdade de expressão” e que “prefere o bom, respeitoso, saudável e democrático debate”.

    Fundado em 2018 por Flávio Rocha, dono da Riachuelo, o Brasil 200 vem passando por um processo de desintegração nos últimos meses. No início de maio, Rocha anunciou sua saída do grupo. O desembarque veio depois que Kanner, atual presidente do grupo e seu sobrinho, criticou o governo pela saída de Sergio Moro, ex-ministro da Justiça. As declarações pegaram mal entre os empresários fortemente identificados com o presidente Jair Bolsonaro.

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    Junto com Rocha, bateram em retirada Sebastião Bomfim, dono da Centauro, João Appolinário, da Polishop, e Corona. Luciano Hang, apesar de bolsonarista ferrenho, permanece no grupo.

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