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PSL suspende bolsonaristas investigados no inquérito da PF sobre fake news

Deputados estaduais Gil Diniz e Douglas Garcia são aliados do presidente Jair Bolsonaro na Casa e terão de prestar depoimento na investigação aberta no STF

Por João Batista Jr. Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO , André Siqueira Atualizado em 29 Maio 2020, 18h50 - Publicado em 29 Maio 2020, 18h46

A Executiva Nacional do PSL pediu, nesta sexta-feira, 29, à Assembleia Legislativa do estado de São Paulo (Alesp) a suspensão dos deputados estaduais Douglas Garcia e Gil Diniz. Os parlamentares são aliados do presidente Jair Bolsonaro na Casa e foram alvos da operação da Polícia Federal (PF) que cumpriu mandados de busca e apreensão no âmbito do inquérito que apura a disseminação de notícias falsas e ataques aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e seus familiares.

A medida é mais um capítulo da briga interna entre bolsonaristas e aliados do presidente nacional do partido, o deputado federal Luciano Bivar (PSL-PE), ala que foi denominada de bivarista. A divisão na sigla foi iniciada ainda no ano passado e culminou na saída de Jair Bolsonaro da sigla. Poucos dias depois, o presidente da República anunciou a criação do Aliança Pelo Brasil, que ainda não foi oficializado pela Justiça Eleitoral.

Na prática, Diniz e Garcia ficam destituídos de seus cargos em comissões e lideranças. O teor do documento enviado pelo PSL à Alesp não está disponível para consulta pública no site da Assembleia. A suspensão de deputados bolsonaristas não ocorre apenas na Alesp. Como VEJA mostrou em março deste ano, a Câmara dos Deputados suspendeu doze deputados federais do PSL por um ano. A decisão, publicada no Diário Oficial da Câmara, prevê que os parlamentares “ficam afastados de qualquer função de liderança e vice-liderança bem como ficam impedidos de orientar a bancada em nome do partido, representar a agremiação e de participar da escolha do líder da bancada durante o período de desligamento”.

Em seu perfil nas redes sociais, Douglas Garcia afirmou que está sendo suspenso por ser “leal” a Bolsonaro e “conservador”. “Assim, devo ser retirado das comissões que participo inclusive da CPI das Fake News (suplente) e da CPI sobre Violência Sexual nas Universidades (membro), que estão para começar na Alesp. Além do pedido de desfiliação, entrarei agora com uma ação para anular essa suspensão ilegal”, escreveu Garcia.

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Em seu perfil no Twitter, Gil Diniz, ex-líder do partido na Alesp, republicou o post de Garcia e afirmou que seguirá “trabalhando por cada paulista indignado pelo que vem acontecendo aqui no estado” e que “as linhas auxiliares tucanas não nos calarão”. Os dois são os principais críticos do governador João Doria (PSDB) e articulam – até agora sem sucesso –  a abertura de um processo de impeachment na Assembleia.

A VEJA, Diniz afirmou que ainda não foi notificado pela Alesp, mas que irá recorrer. “Vou recorrer do pedido, mas o ideal seria que o PSL me expulsasse de seu quadro. Seria um prazer ser expulso do partido. Nos aplicam sanções para inviabilizar nossa atuação justamente neste momento em que fiscalizamos as ações do governo estadual. É o braço auxiliar do PSDB no estado nos punindo”, disse.

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