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Presidente da CPI diz que Pazuello deve ser novamente convocado a depor

Na opinião do senador Omar Aziz (PSD-AM), ex-ministro da Saúde usou o habeas corpus concedido pelo STF para "mentir"

Por Da Redação Atualizado em 22 Maio 2021, 14h41 - Publicado em 22 Maio 2021, 14h34

O presidente da CPI da Pandemia, senador Omar Aziz (PSD-AM), afirmou neste sábado, 22, que o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello deve ser convocado a depor novamente. Para o parlamentar, o general usou o habeas corpus concedido pelo STF como prerrogativa para “mentir” em sua oitiva.

“Ele [Pazuello] estava com um habeas corpus debaixo do braço, que permitia que ele falasse o que ele quisesse, que nada poderia acontecer com ele. Por isso que ele está sendo reconvocado, vai ser reconvocado na quarta-feira”, disse o senador durante uma live promovida pelo Grupo Prerrogativas.

“A gente espera que a gente possa trabalhar sem a ingerência do Supremo nessa questão, até porque, se o ministro [Ricardo] Lewandowski assistiu [ao depoimento na CPI], ele disse ‘não posso dar de novo habeas corpus pro cara mentir’”, acrescentou Aziz.

Um requerimento para reconvocar o ex-ministro já foi apresentado e deve ser votado na próxima semana pelos integrantes da comissão. Para que Pazuello seja novamente ouvido, o pedido precisa ser aprovado. O general da ativa depôs à CPI nas últimas quarta, 19, e quinta-feira, 20.

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No primeiro dia de audiência, o mais longevo titular da pasta durante a pandemia afirmou que nunca “recebeu ordens diretas pra nada” de Jair Bolsonaro e assumiu a autoria de todos os atos à frente do ministério. Disse ainda que respostas à Pfizer foram dadas ‘inúmeras vezes’ desde agosto de 2020, contrariando o depoimento do ex-presidente da farmacêutica no Brasil Carlos Murillo. O general negou que Bolsonaro tenha lhe dado ordens para desfazer um acordo com o Butantan pela CoronaVac, o que contradiz declaração do próprio presidente. Segundo ele, o governante teve apenas uma “reação política” a falas de João Doria, mas não formalizou qualquer ordem contra a vacina.

No segundo dia de depoimento, o ex-chefe da Saúde revelou que o presidente Bolsonaro estava presente em uma reunião com o governador do Amazonas Wilson Lima (PSC) em que foi decidido por não haver intervenção federal na saúde do estado durante a crise por falta de oxigênio. Sobre o aplicativo do ministério que recomendava cloroquina, o general da ativa afirmou que a plataforma foi “descontinuada” após um suposto ataque hacker.

OUTROS DEPOIMENTOS

Este será o oitavo dia de audiências na CPI que apura ações e possíveis omissões do governo federal no enfrentamento da crise sanitária, bem como eventual desvio de verbas federais enviadas a estados e municípios. Já foram ouvidos os ex-ministros da Saúde, Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich, o atual titular da pasta, Marcelo Queiroga, o presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, o ex-chefe da Secom Fabio Wajngarten, Carlos Murillo, representante da farmacêutica Pfizer e o ex-chanceler Ernesto Araújo.

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