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Possível recriação do Ministério da Segurança Pública divide políticos

De um lado, bolsonaristas afirmam que proposta não foi formulada por Bolsonaro; de outro, políticos tecem críticas ao presidente

Por Giovanna Romano 24 jan 2020, 10h01
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  • A possível recriação do Ministério da Segurança Pública dividiu políticos e integrantes do governo nos últimos dias. O presidente Jair Bolsonaro havia admitido nesta quinta-feira 23 que a proposta seria estudada, mas recuou da fala nesta sexta-feira 24, após desembarcar em Nova Déli, na Índia. “No momento”, a proposta de cisão “tem chance zero” de prosperar, admitiu o presidente.

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    A proposta foi apresentada após um encontro com secretários de Segurança Pública. A ala bolsonarista do governo criticou a repercussão da cisão e tirou a responsabilidade do presidente sobre uma possível decisão. A deputada federal Bia Kicis (PSL-DF) publicou um teste em seu perfil do Twitter mostrando uma suposta retaliação.

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    O ministro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência, general Augusto Heleno, fez um comentário parecido. “A proposta de recriar o Ministério da Segurança Pública não é do Presidente Jair Bolsonaro, e sim da maioria dos secretários de Segurança estaduais, que estiveram em Brasília; nesse 22 de janeiro. Em nenhum momento, o presidente disse apoiar tal iniciativa”, afirmou.

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    Heleno disse ainda que, ao atacar o presidente, o Brasil será devolvido aos partidos de esquerda nas próximas eleições. “Ou vocês confiam no capitão Jair Bolsonaro, que teve visão e coragem para, sem recursos, enfrentar o sistema e nos dar esperança de mudar, ou continuarão atacando-o e devolverão o Brasil à esquerda, em 2023. A Argentina está aí para provar que estou certo”, concluiu o ministro.

    Já a deputada estadual Janaina Paschoal (PSL-SP) afirmou que é “ilógico” separar Justiça de Segurança, e que “sob o ponto de vista teórico e diante da queda dos índices criminais, devemos lembrar que um novo ministério implica mais gastos, mais cargos, mais tudo”. “Eu pergunto. Por quê? Por que, presidente?”, questionou a parlamentar.

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    O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) apontou os resultados do Ministério da Justiça sob o comando do Moro e criticou uma possível cisão. “A Segurança Pública apresenta resultado excelente em 2019, sob condução do ministro Moro. Consequência? Figuras importantes começam a defender a mudança na estrutura e a divisão do ministério. Para essa turma o interesse público fica sempre em último plano. Não enganam ninguém”.

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    O ex-candidato à presidência da República, Fernando Haddad (PT), que disputou as eleições com Bolsonaro, disse que foi um erro “extinguir o Ministério da Segurança Pública”. “Agora, por vaidade, quer recriá-lo. Moro seria esvaziado e ameaça deixar o governo”, afirmou. Depois da notícia do recuo do presidente, ele publicou: “afinou”.

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    Se a cisão dos ministérios ocorresse, o ministro Sergio Moro sairia enfraquecido porque perderia o controle da Polícia Federal (PF), que atualmente responde administrativamente à Justiça, além de uma de suas principais bandeiras políticas: a da na taxa de homicídios no país.

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