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PF intima Boulos a prestar depoimento sobre postagem crítica a Bolsonaro

Inquérito aberto com base na Lei de Segurança Nacional envolve post feito em abril de 2020 com referências à Revolução Francesa

Por Da Redação Atualizado em 21 abr 2021, 23h27 - Publicado em 21 abr 2021, 23h12

A Polícia Federal intimou nesta quarta-feira, 21, o líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, Guilherme Boulos, a prestar depoimento em um inquérito que investiga uma postagem crítica ao presidente Jair Bolsonaro em rede social.

O depoimento do político do PSOL foi marcado para o dia 29 de abril na sede da Polícia Federal, em São Paulo.

A investigação foi aberta no ano passado com base na Lei de Segurança Nacional após uma representação do deputado José Medeiros (Podemos-MT), ligado ao governo. Na terça-feira, a Câmara dos Deputados aprovou urgência na análise de um projeto que revoga a lei.

O tuíte de Boulos ocorreu após uma declaração dada pelo presidente Jair Bolsonaro em abril de 2020, um dia após o ato antidemocrático em frente ao Quartel General do Exército, com faixas contra o Congresso e o Supremo Tribunal Federal. Na ocasião, Bolsonaro afirmou que “o pessoal geralmente conspira pra chegar no poder. Eu já estou no poder. Eu já sou o presidente da República”.

A declaração acabou remetendo à frase “O Estado sou eu”, atribuída ao rei Luís XIV, que governou a França entre 1643 e 1715. O chamado Rei Sol foi antepassado de Luís XVI, que foi executado em 1793, um dos acontecimentos mais importantes da Revolução Francesa, que levou ao fim do regime absolutista naquele País.

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Comentando a fala de Bolsonaro, Boulos fez a referência histórica e escreveu: “Um lembrete para Bolsonaro: a dinastia de Luís XIV terminou na guilhotina”.

Em nota, Guilherme Boulos disse que a Lei de Segurança Nacional é um resquício da ditadura e que tem sido usada para calar opositores e aqueles que denunciam suas “ações imorais e ilegais” do governo. “Seguirei cada vez mais determinado na oposição a Bolsonaro, fazendo todas as críticas a ele e a seu governo de forma pública e direta. Não vamos aceitar intimidações. Não vão nos calar”, afirmou.

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