O deputado federal bolsonarista Carlos Jordy (PL-RJ) foi alvo de mandado de busca e apreensão na 24ª fase da Operação Lesa Pátria, que investiga financiadores e incentivadores de atos antidemocráticos que culminaram nos ataques do 8 de Janeiro, deflagrada na manhã desta quinta-feira, 18.
Ao todo, os agentes cumpriram dez mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal: oito no Rio de Janeiro e dois no Distrito Federal. Os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, associação criminosa e incitação ao crime.
Segundo nota da PF, a nova fase da operação mira especificamente atos antidemocráticos ocorridos entre outubro de 2022 e o início do ano passado, no interior do estado do Rio de Janeiro.
O que diz o deputado em sua defesa
Em vídeo postado em seu perfil no X, antigo Twitter, Carlos Jordy afirmou que o mandado era “totalmente arbitrário” e que ele nunca apoiou atos antidemocráticos. “Em momento algum eu incitei, eu falei que aquilo ali era correto”, disse o deputado sobre os ataques do 8 de Janeiro. O parlamentar afirmou que “foi acordado às 6h com fuzil no rosto pela Polícia Federal” e que os agentes estavam buscando “armas, celulares, tablets” e dinheiro em espécie.
Busca e apreensão da PF por determinação de Alexandre de Moraes. Operação Lesa Pátria. Uma medida autoritária, sem fundamento, sem indício algum, que somente visa perseguir, intimidar e criar narrativa às vésperas de eleição municipal. pic.twitter.com/jE5pM3Bcd2
— Carlos Jordy (@carlosjordy) January 18, 2024