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Pesquisa: ex-presidentes amargam desprestígio e ostracismo

Para boa parte da população, pronunciamentos e entrevistas feitos por ex-mandatários não têm relevância

Por Marcela Mattos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 14 abr 2020, 11h18 - Publicado em 12 abr 2020, 08h00
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  • Pesquisa do Instituto Paraná encomendada por VEJA avaliou a relevância dos ex-presidentes brasileiros após eles terem ocupado mais alto posto da República. Aos 2.082 entrevistados, o órgão fez uma série de perguntas que abarca o grau de conhecimento sobre a gestão dos ex-mandatários, a avaliação do desempenho de cada um e a importância dada às opiniões que eles emitem. O resultado, é lógico, varia entre eles, mas uma constatação resume bem a situação de todos: a maioria da população não dá a menor atenção aos ex-presidentes.

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    O Brasil tem, hoje, seis ex-mandatários vivos. Nenhum, no entanto, consegue capitalizar uma boa avaliação ou ter uma marca muito positiva sobre seus mandatos.

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    Trinta anos após deixar o governo, José Sarney amarga o maior índice de desconhecimento: 82,4% disseram conhecer pouco ou nada sobre o período em que ele ocupou a Presidência — marcado, principalmente, pelo processo de redemocratização e pela construção da Constituição Federal de 1988, em vigor até hoje. O índice cai para 74,5% quando se trata do ex-presidente Fernando Collor, 70% quando avalia Fernando Henrique Cardoso, 35,3% no caso de Lula, 37,3% para Dilma Rousseff e 48,6% para Temer.

    Considerando os resultados, poderia-se dizer que os ex-presidentes petistas se saíram melhor na pesquisa. Mas o fato de a população ter conhecimento sobre a gestão deles não é, necessariamente, positivo. Dos entrevistados, 36% não souberam dizer ou avaliam que não há nenhuma área de destaque da era Lula. Outros 24,1% ressaltaram a área social. Mas, quanto ao pior desempenho do petista, a memória não se deixa falhar: quase 40% das pessoas ouvidas citam a corrupção como um retrato de sua gestão. Já para Dilma, 65,6% não souberam dizer ou avaliam que não há nenhuma área de destaque em seu período. O aumento da corrupção é lembrado por 30% dos avaliados.

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    O avanço da corrupção também foi lembrado na gestão de Temer, com menção entre 25,6% dos entrevistados, e de Fernando Collor, com a margem de 16,3%. Na era Sarney, a maior crítica trata-se da dificuldade do emedebista em conter o avanço da inflação.

    Sobre FHC, 58% não souberam dizer ou avaliam que não há nenhuma área de destaque em seu período. Outros 10% mencionam a economia e 8,8% destacam o Plano Real entre os feitos positivos.

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    Na avaliação geral, 37,7% consideraram a administração de Lula ótima ou boa – o melhor índice alcançado. Na sequência estão FHC, com 30%, Dilma, com 22%, Sarney, com 14,9%, Temer, com 10,3%, e Collor, com 9,4%.

    A variação nos números diminuiu quando os entrevistados foram questionados sobre a importância que eles dão quantos às entrevistas ou pronunciamentos feitos pelos ex-presidentes. A irrelevância atinge a todos: 85,1% afirmaram dar pouca ou nenhuma importância às falas de Sarney. Para Collor, o índice é de 89,2%. FHC fica com 81,2%, Lula com 71,2%, Dilma com 81,4% e Temer com 90,3%.

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