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Pedrinhas tem mais um detento assassinado

Desde sábado três mortes foram registradas no complexo penitenciário maranhense. Enforcamentos, perfurações e esquartejamentos já viraram rotina

Por Da Redação
15 abr 2014, 09h00

Mais um detento foi assassinado dentro do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, no Maranhão. Apenas neste ano sete presos foram executados dentro do presídio, que é considerado o mais violento do país. O corpo de André Valber Mendes, de 26 anos, foi encontrado enforcado na noite de segunda-feira no pavilhão Delta do Centro de Detenção Provisória (CDP) de Pedrinhas. Em todo o Maranhão, já são dez presos mortos este ano. A Secretaria de Justiça e Administração Penitenciária (Sejap) confirmou a morte, mas ainda não divulgou nota oficial sobre o caso.

Desde sábado, esta é a terceira morte registrada no presídio. Nesse fim de semana, o detento Wesley Sousa Pereira, de 23 anos, foi encontrado morto no Presídio São Luís I, e de João Altair Oliveira Silva, 18, na Central de Custódia de Presos de Justiça (CCPJ). A Sejap pediu, nessa segunda-feira, a prorrogação do prazo da situação de emergência no sistema carcerário do Maranhão. Segundo a secretaria, apesar das medidas tomadas nos últimos seis meses, vários problemas ainda precisam ser solucionados.

No dia 21 de março a Sejap solicitou ao governo do Estado que estendesse por mais 180 dias o prazo para a reformulação do sistema carcerário maranhense. O Estado decretou a situação de emergência no sistema prisional em outubro do ano passado, diante de uma crise que começou com motins e rebeliões, se agravando com as violentas mortes dentro dos presídios.

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De acordo com os dados do Conselho Nacional de Justiça, já passa de 60 o número de detentos assassinados em Pedrinhas desde 2013. Homens da Força Nacional, do Batalhão de Choque da Polícia Militar e do Grupo Especial de Operações Prisionais ainda exercem o papel de agentes penitenciários no presídio.

Pedrinhas tem sido palco constante de rebeliões e de brigas entre facções criminosas rivais, além de várias fugas, como a ocorrida no início do mês. Foi de lá que partiram as ordens para que, no fim de 2013, bandidos atacassem delegacias da região metropolitana da capital e ateassem fogo a ônibus. Em um dos cinco ônibus incendiados em São José de Ribamar, no dia 3 de janeiro, estava a menina Ana Clara Santos Souza, de 6 anos, que teve queimaduras em 95% do corpo e morreu dois dias depois.

As outras mortes registradas no complexo neste ano chocam. Alguns detentos foram estrangulados, outros tiveram múltiplas lacerações e até decapitações. Segundo a Sejap, Pedrinhas abriga 2.196 presos. A capacidade máxima do local é de 1.770 pessoas.

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