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PCdoB lança Manuela D’Ávila como candidata à Presidência

Comunistas, que prometem tentar união da esquerda 'até o último instante', oficializaram deputada como sua primeira candidata após a redemocratização

Por Guilherme Venaglia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 1 ago 2018, 18h34 - Publicado em 1 ago 2018, 15h56

O PCdoB lançou a candidatura de Manuela D’Ávila à Presidência da República durante a convenção nacional do partido, em Brasília, nesta quarta-feira (1º). O encontro foi marcado pelo discurso de que, apesar de estar disposta a caminhar em voo-solo, a legenda tentará a união da esquerda “até o último instante” – ou seja, até o final das convenções partidárias, no domingo. Ao longo desse período, os comunistas ainda poderão rever a decisão caso haja um improvável acordo com PT, PDT, PSB e PSOL.

Seguindo na disputa, Manuela será a primeira candidata própria do PCdoB à Presidência desde a redemocratização. Em todas as últimas eleições, os comunistas estiveram ao lado do PT, apoiando as candidaturas dos ex-presidentes Lula (entre 1989 e 2006) e Dilma Rousseff (2010 e 2014). Não foi definido quem será o candidato a vice na chapa.

Durante o discurso, ela prometeu combater o “desmonte” que acusa o governo do presidente Michel Temer (MDB) de ter promovido nos serviços públicos, em especial na educação e na saúde. “Nossa candidatura é a construção da saída contra a grave crise que o Brasil enfrenta”, afirmou. Formada em jornalismo, ela foi presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), vereadora de Porto Alegre, deputada federal e é deputada estadual desde 2015.

A agora candidata também fez uma defesa da liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), preso em Curitiba desde 7 de abril. “Enquanto estamos nós reunidos em Brasília, aproveitando o que resta da nossa liberdade de livre organização, o maior líder popular da história do Brasil está encarcerado injustamente sendo inocente”, criticou, completando que, para ela, “a democracia brasileira está presa naquela cela em Curitiba”.

Ao longo das últimas semanas, o PCdoB se reuniu com a direção dos demais partidos de esquerda e divulgou dois manifestos abrindo a possibilidade de desistir de uma candidatura própria em prol de uma unidade das legendas. Como o PDT e o PSOL já confirmaram os nomes de Ciro Gomes e Guilherme Boulos, respectivamente, e o PT se prepara para oficializar Lula no sábado, essa articulação se mostra cada vez mais inviável.

A última esperança de dirigentes era que, diante da provável rejeição da candidatura do ex-presidente pela Justiça Eleitoral, petistas dessem sinais de abertura a uma composição com Ciro, o que não ocorreu. Nos bastidores, o PT está decidido a, se precisar substituir Lula, indicar um outro nome do próprio partido.

Cortejado para aderir a uma ou a outra candidatura, os comunistas se mantiveram firmes no discurso de que só desistiriam de lançar Manuela caso um acordo dos cinco partidos fosse fechado, mas não apenas para fechar com um ou com outro. Apesar da oficialização da postulação da deputada gaúcha, a presidente nacional do PCdoB, deputada Luciana Santos (PE), também afirmou, durante o seu discurso, que a legenda ainda trabalhará até o final do prazo das convenções para que os partidos caminhem juntos.

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