Pazuello bate à porta de Valdemar para pedir dinheiro para a campanha
Ex-ministro de Bolsonaro relata dificuldades financeiras, mas cacique do PL aponta para ‘aperto’ nas contas
Na última terça-feira (6), o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello foi à sede do PL, em Brasília, para se reunir com o presidente da legenda, Valdemar Costa Neto. No corredor, ainda encontrou com Antônio Cristovão Neto – também conhecido como Queiroguinha, por ser filho do atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga -, que proferiu algumas palavras motivacionais a Pazuello sobre a candidatura dele à Câmara dos Deputados. Questionado sobre a campanha, o general reclamou: “Não tem grana, não tem nada”, respondeu.
Até o momento, de acordo com dados da Justiça Eleitoral, o PL enviou para a campanha do general 500 mil reais – ele angariou outros 25 mil reais por meio de doações. Candidatos a deputado federal podem investir até 3,1 milhões de reais na disputa eleitoral.
A situação de Pazuello não é diferente da de outros candidatos, que têm feito uma romaria até Valdemar Costa Neto para pedir dinheiro – sem muito sucesso. Na última semana, o presidente do PL enviou um vídeo aos correligionários para dar uma “satisfação” aos candidatos sobre os gastos de campanha.
O partido recebeu 268 milhões de reais do fundo especial de financiamento para investir nas mais de 1.600 candidaturas. “Esse dinheiro não é suficiente”, resumiu Valdemar Costa Neto, que ressaltou que o aumento de parlamentares que seguiram o presidente Jair Bolsonaro na legenda não foi acompanhado de um incremento financeiro.
Contando uma “poupança” feita com verba do fundo partidário, o PL já transferiu 325 milhões de reais para as candidaturas. Desse total, apenas 10 milhões foram destinados à candidatura do presidente Jair Bolsonaro – a título de comparação, o PT repassou quase 86 milhões para a campanha de Lula. “Se nós não tivermos doações, nós vamos passar um aperto muito grande, porque não temos como atender”, avisou o cacique.