Para Aldo Rebelo, Lula continua sendo o candidato do PT

Ex-ministro dos governos petistas e pré-candidato ao Planalto pelo Solidariedade acredita que o ex-presidente é o único capaz de manter a unidade do partido

Por Estadão Conteúdo 23 abr 2018, 18h17

Aldo Rebelo, pré-candidato do Solidariedade à Presidência da República (Renato Pizzutto/VEJA)

O pré-candidato à Presidência da República na eleição deste ano pelo partido Solidariedade, Aldo Rebelo, disse nesta segunda-feira que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não saiu do pleito presidencial e que continua sendo o candidato do PT apesar de estar preso em Curitiba pela Operação Lava Jato e dos obstáculos legais que deve enfrentar para manter a sua candidatura.

De acordo com Rebelo, a candidatura do petista será mantida provavelmente porque o PT não tem outro jeito de encontrar a sua unidade se não for com o ex-presidente. “O nome do Lula permanece”, disse Rebelo, que foi ministro tanto de Lula quanto de Dilma Rousseff (PT), acrescentando que isso cria uma dificuldade para a união dos partidos, não só da esquerda, mas como também no campo ideológico mais amplo.

“É preciso também ter forças do centro em torno de uma candidatura única [da esquerda]. Então, esse tema não é para agora. Se essa união vier a acontecer, será para o fim de junho”, disse.

Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, Rebelo disse também que não está negociando coligações com outros partidos. “Essa fase está distante. Nós vivemos agora um momento de tentativa de consolidação das candidaturas. São muitas, de todos os espectros ideológicos e políticos”, disse.

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Rebelo descartou a possibilidade de vir a se apresentar como vice em outra chapa. “Cogitaram a possibilidade de eu ser vice na chapa do Geraldo Alckmin (PSDB), do Rodrigo Maia (DEM) ou do Ciro Gomes (PDT), mas eu não cogitei isso. Eu estou cogitando consolidar a minha candidatura e já recebo, inclusive, ofertas de outros partidos oferecendo um vice para mim. Mas isso também não vou examinar agora”, afirmou o pré-candidato.

Questionado sobre quem estaria articulando seu programa de governo, Rebelo disse que não terá um guru na área econômica e nem em qualquer outra área. “Eu não vou ter um guru de economia. Aliás eu não vou ter guru em área nenhuma. Eu terei amigos, que estou consultando, não só na área de economia como na de ciência e tecnologia, agricultura e pecuária, educação etc. Mas os nomes destes amigos vou divulgar só mais à frente”, disse.