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Como o governo Bolsonaro monitora o ‘alinhamento’ com cada governador

O controle é feito por meio de um mapa do Brasil, onde a cor de cada estado varia de acordo com o grau de proximidade

Por Thiago Bronzatto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 21 abr 2020, 15h17 - Publicado em 21 abr 2020, 12h49
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  • No gabinete de crise do Palácio do Planalto nem todas as ações são voltadas ao combate ao coronavírus. Alguns integrantes do comitê têm uma missão à parte: monitorar a posição dos adversários e apoiadores políticos do presidente Jair Bolsonaro. Esse tipo de controle, restrito a alguns funcionários da área de inteligência, é feito por meio de um mapa do Brasil, onde a cor de cada estado varia de acordo com o grau de “alinhamento” com o governo.

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    Pela classificação acima  acima, a cor azul é “ótimo”, o verde é “bom”, o amarelo é “neutro”, o laranja é “ruim” e – coincidência ou não — o vermelho é “muito ruim”. Nessas duas últimas categorias, estão onze governadores de estados (AP,AL,BA, ES,GO,PA,PB,PE,PI,MA,RJ,RN,RS E SP), considerados adversários de Bolsonaro.

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    Dentre eles, por exemplo, está o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), que tem a seguinte observação: “Era aliado. Critica e ataca o presidente. Apoia o Mandetta (ex-ministro da Saúde)”.  Essa classificação foi escrita mesmo após Bolsonaro e Caiado visitarem juntos o primeiro hospital de campanha federal em Águas Lindas de Goiás, no entorno do Distrito Federal.

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    Já o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), é visto como um inimigo pelo Planalto que “ataca o presidente o tempo todo”. Bolsonaro já disse para aliados que o tucano tem um plano de enfraquecer o governo, paralisando as atividades econômicas com a quarentena, e fortalecer uma candidatura à presidência da República em 2022. A mesma lógica é aplicada ao governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), que, embora criticado pelo gabinete de crise, não mereceu o mesmo destaque que Doria.

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    A maior concentração de adversários do governo está na região Nordeste. O governador do Maranhão, Flávio Dino, é um dos que entraram na lista vermelha do Planalto. Integrante do PC do B, ele é visto como apoiador de Mandetta e um crítico ferrenho do governo e do presidente, a quem chama de “profeta do caos”. Filho do senador Renan Calheiros (MDB-AL), o governador de Alagoas, Renan Filho (MDB), ganhou a cor laranja (ruim), porque seguiu os passos do pai e atacou publicamente algumas medidas do governo, mas foi classificado como alguém que “está com o presidente”.

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    No grupo azul, dos “ótimos”, há somente dois integrantes. O governador de Rondônia, coronel Marcos Rocha (PSL), é um fiel apoiador de Bolsonaro. Ele tem defendido a flexibilização da quarentena e a reabertura do comércio. Na mesma ala está o governador de Roraima, o Antonio Denarium (PSL),  considerado um aliado do presidente, mesmo após ter feito críticas à queda de Mandetta.

    Em uma categoria abaixo, dos “bons”, estão quatro governadores: Ibaneis Rocha (MDB-DF), Mauro Mendes (DEM-MT), Ratinho Junior (PSD-PR) e Mauro Carlesse (PHS-TO). Já os que estão em cima do muro e têm uma posição isenta, são:  Gladson Cameli (Progressista-AC), é descrito como uma pessoa “grata” pela ajuda de Bolsonaro com o envio de testes do coronavírus. Wilson Lima (PSC-AM), Belivaldo Chagas (PSD-SE), Romeu Zema (Novo-MG), Carlos Moisés (PSL) e Camilo Santana (PT-CE), que, embora, seja do partido do ex-presidente Lula, é visto como “neutro”.

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