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Nova pesquisa mostra que, desta vez, o sinal de alerta é para Lula

Entenda

Por Matheus Leitão
Atualizado em 18 out 2022, 19h06 - Publicado em 18 out 2022, 18h59

A 12 dias do segundo turno das eleições, o cenário está mais incerto do que nunca. Há uma semana, a coluna mostrou o levantamento Ipespe e enfatizou que os dados acendiam um sinal de alerta para o presidente Jair Bolsonaro.

Nesta terça, 18, uma nova rodada Ipespe foi divulgada e, dessa vez, o sinal de alerta chega à campanha do ex-presidente Lula, confirmando aquilo que já havia sido mostrado pela pesquisa Ipec desta semana.

Assim como no levantamento do antigo Ibope, o ex-presidente caiu um ponto nas intenções de voto no período de uma semana. A diferença do Ipec para o Ipespe é que o presidente Jair Bolsonaro não oscilou positivamente, mas manteve os mesmos pontos na contagem de votos totais.

Segundo o Ipespe, Lula agora tem 49% dos votos totais contra 43% de seu principal adversário, uma distância de 6 pontos percentuais. Na pesquisa anterior desse mesmo instituto, Lula tinha 50% e Bolsonaro tinha os mesmos 43%, distância de 7 pontos percentuais.

Considerando apenas os votos válidos, Lula cai um ponto e Bolsonaro sobe um ponto: o petista sai de 54% para 53% dos votos válidos e o atual presidente sai de 46% para 47% dos votos válidos.

Quando são retirados da contagem os eleitores que afirmam ter pouco ou nenhum interesse na eleição (22% dos entrevistados) e que tendem a se abster de ir votar no dia 30, a distância fica ainda menor: Lula tem 52% dos votos contra 48% de Bolsonaro.

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Em relação à probabilidade de voto, Lula manteve os 47% que já tinha sobre os eleitores que com certeza votariam nele. Já Bolsonaro ganhou um ponto e agora 42% afirmam que com certeza votariam no presidente.

Ao mesmo tempo, a rejeição a Lula se manteve em 45% de eleitores que dizem que não votariam de jeito nenhum no petista e o atual presidente teve queda de um ponto na rejeição, indo de 49% para 48%.

Com esses dados de rejeição e probabilidade de voto, o responsável pela pesquisa, Antônio Lavareda, destaca o quadro de incerteza sobre o resultado da eleição.

“A proximidade dos respectivos números de rejeição é o indicador que melhor sinaliza a incerteza nesse momento quanto ao desfecho do processo eleitoral”, explica Lavareda.

Um dado importante da pesquisa, chamada de Termômetro da Campanha, é o impacto do debate do último domingo, 16, nas campanhas.

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Segundo o Ipespe, 46% dos eleitores assistiu o debate todo ou em parte, 21% não assistiu mas ouviu falar e 33% não assistiu e nem ouviu falar.

“O empate visível segundo a avaliação do público reflete a disputa polarizada, além dos altos e baixos de cada candidato durante o mesmo. Para 42% Bolsonaro levou a melhor, enquanto para percentual parecido, 41%, Lula foi o vencedor. Os efeitos iniciais da longa troca de acusações entremeadas de autoelogios foram aparentemente limitados. O Debate “melhorou” a opinião sobre ambos quase na mesma medida: Bolsonaro, 27%, e Lula, 26%. E “piorou” para 21% no que diz respeito a Lula, e 19% quanto a Bolsonaro”, afirma Antônio Lavareda.

Apesar da queda de um ponto nas intenções de voto, 53% dos eleitores ainda acredita que Lula vencerá as eleições contra 37% que acham que Bolsonaro vai se reeleger.

Como esta coluna tem lembrado sempre, as pesquisas falharam no primeiro turno e não conseguiram se aproximar da realidade dos votos dos brasileiros. O resultado foi uma diferença entre os levantamentos e o resultado final da primeira etapa da eleição.

Segundo o Ipespe, Lula ainda garante uma boa vantagem e tem, a seu favor, a sensação da maioria dos brasileiros de que ele sairá vencedor no dia 30 de outubro. No entanto, o petista e sua equipe precisam reavaliar suas estratégias e buscar nos detalhes os próximos passos da campanha para manter a vantagem sobre Bolsonaro.

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