Derrotada nas eleições à Prefeitura do Rio de Janeiro, a deputada estadual Martha Rocha (PDT) anunciou, na manhã desta segunda-feira, 16, na sede do partido, no Centro, que não apoiará nenhum dos dois candidatos que disputarão o segundo turno na capital: o ex-prefeito Eduardo Paes (DEM) e atual ocupante da cadeira, Marcelo Crivella (Republicanos). Na justificativa sobre a decisão tomada, Martha afirmou que sofreu “ataques e mentiras” durante campanha. Os presidentes do PDT, Carlos Lupi, e do PSB, Alessandro Molon, presentes no encontro, reforçaram que as legendas não vão declarar apoio formal a nenhum concorrente.
As campanhas de Paes e Crivella atuaram para desconstruir a imagem de Martha Rocha no primeiro turno. “Uma decisão do Ministério Público demonstra a conduta misógina que eu sofri”, relembrou Martha Rocha. “O partido como instituição não deixará que nenhum militante use a sua sigla, bandeira e sua história para apoiar qualquer candidatura. De um lado, temos o fundamentalismo religioso e o (presidente Jair) Bolsonaro, que nós historicamente sempre combatemos. Do outro lado, a covardia, o desrespeito, o jogo baixo e pequeno que também não aceitamos”, declarou Carlos Lupi referindo-se a Crivella e Paes.
Os filiados de PDT e PSB, que fez parte da chapa de Martha Rocha, no entanto, liberaram seus filiados para pedir votos para quem quiserem. Martha ficou em terceiro lugar na disputa, com 297.751 votos (11,30%). A deputada federal Benedita da Silva (PT), ex-governadora, obteve 296.847 votos (11,27%) e ficou em quarto lugar. Na reta final da campanha, ambas recorreram ao voto útil dos eleitores de esquerda para chegar ao segundo turno como estratégia.