Investigado como um dos envolvidos na morte da vereadora Marielle Franco (PSOL), o vereador carioca Marcello Siciliano (PHS) se declarou indignado. Pela denúncia de uma testemunha, ele teria planejando o crime junto com o ex-policial militar Orlando Oliveira de Araújo, o Orlando Curicica — que está preso em Bangu. Siciliano chegou a depor como testemunha.
Na manhã desta sexta-feira, 14, a Polícia Civil do Rio de Janeiro cumpriu um mandado de busca na casa do vereador. Segundo o Ministério Público do Rio de Janeiro, a ação não tem relação com o caso Marielle.
“Estou perplexo com isso tudo e indignado com essa exposição toda à minha família”, disse o vereador. “Depois de nove meses, passar por tudo isso que venho passando, me deixa muito triste. Eles não têm nada contra mim e agora inventaram uma investigação pela Delegacia do Meio Ambiente para tentar me incriminar de alguma coisa”, declarou Siciliano por sua assessoria de imprensa.
“Sinceramente, não sei o que está acontecendo. Fui pego de surpresa. Estou aqui para tomar conhecimento. Estou revoltado com isso tudo e continuo indignado com essa acusação maligna que fizeram a meu respeito”, afirmou o vereador ao chegar à Cidade da Polícia, no bairro do Jacarezinho, criticando a ação.
Nesta quinta (13), a polícia realizou as primeiras prisões contra suspeitos de envolvimento no crime. De acordo com o canal Globo News, as ordens emitidas pela Justiça atingiram milicianos e foram cumpridas em 15 endereços no Rio, Petrópolis, Angra dos Reis e em Juiz de Fora (MG). A atuação de milicianos é a principal linha de investigação do crime.
“Eu não sou criminoso, eu não sou bandido. Sou um cara do bem. Tenho cinco filhos e três netos. Estou muito triste e envergonhado com essa exposição toda”, afirmou o vereador. “Conheci a Marielle quando assumi o meu mandato. Entramos em recesso e os trabalhos começaram em março. Como eu vou ter alguém como rival com um mês de trabalho na Câmara. Nada bate. Os votos não batem, a disputa territorial (para votos) não bate. Eu não tenho ligação nenhuma dessas que me acusam. Mas continuo à disposição e vou lutar até o final”, afirmou Marcello Siciliano.
Marielle Franco e o motorista Anderson Pedro Gomes, foram mortos a tiros no dia 14 de março no centro do Rio de Janeiro.