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Polícia faz buscas em casa de vereador acusado no caso Marielle

Marcello Siciliano foi citado por uma testemunha como responsável por planejar a morte de vereadora; ele nega

Por Da Redação Atualizado em 14 dez 2018, 14h58 - Publicado em 14 dez 2018, 08h23

A Polícia Civil do Rio de Janeiro cumpre, na manhã desta sexta-feira, um mandado de busca na casa do vereador carioca Marcello Siciliano (PHS). De acordo com o Ministério Público do RJ, as medidas solicitadas pelo órgão não têm relação com o inquérito que apura a morte da vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes, em março. O MPRJ disse que o caso está sob sigilo.

No decorrer das investigações uma testemunha afirmou à polícia que Siciliano planejou a morte da vereadora junto com o ex-policial militar Orlando Oliveira de Araújo, o Orlando Curicica — que está preso em Bangu. Siciliano chegou a depor como testemunha. Ambos negam qualquer envolvimento.

Estou revoltado com isso tudo e continuo indignado com essa acusação maligna que fizeram a meu respeito”, afirmou o vereador ao chegar na Cidade da Polícia, no bairro do Jacarezinho. “Confio na Justiça e estou aqui novamente à disposição para o que for preciso. Na primeira vez que me acusaram, estive na delegacia. Tenho certeza de que no final disso tudo eles vão ver que foi uma baita covardia que tentaram fazer comigo. Eu quero que isso se resolva, pois a minha família está sofrendo e tenho certeza que a família da Marielle não merece isso, merece a verdade”, completou.

Nesta quinta, 13, a polícia realizou as primeiras prisões contra suspeitos de envolvimento no crime. De acordo com o canal Globo News, as ordens emitidas pela Justiça atingiram milicianos  e foram cumpridas em quinze endereços no Rio, Petrópolis, Angra dos Reis e em Juiz de Fora (MG).  A atuação de milicianos é a principal linha de investigação do crime.

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Em nota, a polícia informou que os mandados são referentes a inquéritos policiais instaurados na Delegacia de Homicídios “e que transcorrem de forma paralela às investigações do caso Marielle e Anderson”. Segundo o delegado Giniton Lages, que coordena as investigações do caso Marielle, os suspeitos presos ontem têm ligação com os assassinatos.

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o general Richard Nunes, secretário da Segurança Pública do RJ, afirmou que Marielle foi morta porque milicianos acreditaram que ela podia atrapalhar os negócios ligados à grilagem de terras na Zona Oeste da capital. Segundo ele, o crime estava sendo planejado desde 2017, muito antes de o governo federal decidir decretar a intervenção federal no estado.

Em maio, Siciliano foi indicado por uma testemunha como um dos mandantes do assassinato de Marielle. De acordo com áudios divulgados pelo programa Fantástico, da Rede Globo, o vereador teve pelo menos duas conversas telefônicas com supostos milicianos captadas pela Polícia Civil do RJ.

Em uma das conversas, o parlamentar chama um suposto miliciano de “irmão”. Este pede para que o vereador acione o 31º Batalhão da Polícia Militar, no bairro do Recreio, Zona Oeste do Rio de Janeiro, para que faça uma blitz e pegue um bandido que teria matado um “amigo” dos milicianos. 

A testemunha, que não teve o nome divulgado, diz ser policial militar e miliciano, e que resolveu procurar a polícia depois de ter sido ameaçada de morte pelos supostos mandantes do crime. Segundo o delator, haviam quatro pessoas no carro que interceptou o automóvel onde estava Marielle e o motorista Anderson Pedro Gomes, mortos a tiros no dia 14 de março no centro do Rio de Janeiro – um policial militar da ativa, um ex-PM e dois milicianos.

O delator também apontou o ex-chefe de uma milícia na Zona Oeste do Rio Orlando Oliveira de Araújo, mais conhecido como Orlando Curicica, como mandante do crime junto com o vereador. Ele está preso em Bangu desde outubro do ano passado, acusado de comandar confrontos relacionados às milícias, o que envolveria cobrança de taxa a comerciantes e até assassinatos.

Na ocasião, o vereador classificou as declarações da testemunha como “factoides”. A defesa de Cucirica afirmou na ocasião que a testemunha não tem credibilidade por ser um rival do seu cliente. 

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